Novo Santa Genoveva terá capacidade de carga equiparada à de Congonhas

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O projeto do novo terminal de passageiros do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, já está em seus trâmites finais. Fruto de um entendimento entre a Infraero, o TCU e o consórcio executor da obra, a construção do novo terminal de passageiros vai equiparar a capacidade de carga do Santa Genoveva à do Aeroporto de Congonhas (SP), afirma o assessor parlamentar da Infraero, José Eduardo Bernart. Ele se reuniu, nesta manhã, com o secretário de Estado de Infraestrutura, Danilo de Freitas, com representantes do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e da Saneago. O secretário explica que, como o projeto passou por várias adequações, é necessário que a Infraero apresente suas novas demandas aos órgãos e empresas do Estado, para que não haja nenhum entrave à retomada das obras.

“Nós recebemos aqui hoje a diretoria da Infraero para que sejam oficializadas, por parte deles, as demandas relacionadas ao Estado, de modo que a obra comece, seja agilizada o máximo possível e não tenha interrupções”, afirma.

Segundo o cronograma apresentado pelo assessor, o novo projeto deve ser finalizado e aprovado pela Infraero até o dia 22 de março, sendo posteriormente encaminhado para análise por parte do Tribunal de Contas da União (TCU) – o que deve ocorrer até 30 de abril. A formalização do aditivo para retomada das obras está prevista para a primeira quinzena de maio e, o início efetivo das obras, para a segunda quinzena, com duração estimada de 18 meses. Respeitando-se todos os prazos do cronograma, estima-se que Goiânia vai contar com o novo terminal de passageiros em dezembro de 2014.

No final do ano passado, o governador Marconi Perillo esteve em Brasília, com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carrero, para tratar da tramitação dos projetos executivos referentes às obras do novo aeroporto de Goiânia, cuja elaboração está a cargo do Exército Brasileiro. A obra, que foi iniciada em 2005, estava paralisada desde 2007.

O novo terminal
Segundo dados da Infraero, o Aeroporto Internacional Santa Genoveva movimenta hoje 3,08 milhão de passageiros por ano, sendo o 17º aeroporto mais movimentado do País. Com a construção do novo terminal de passageiros (confira aqui o projeto), este fluxo vai ultrapassar 5,1 millhão de passageiros/ano. Ao final da obra, a movimentação nos dois terminais, estimada pela Infraero, será de 8,6 milhões de passageiros por ano, tendo em vista que a atual área de embarque e desembarque será destinada à aviação comercial (fretes, taxiamentos etc).

De acordo com José Eduardo Bernart, a paralisação das obras por parte do TCU, em 2007, não foi o único fator determinante nas alterações do projeto do novo aeroporto.

“Foram alterações na própria capacidade operacional do aeroporto. O ramo da aviação é muito dinâmico em suas legislações e normas internacionais, o tipo da aeronave, capacidade, peso, combustível etc. O projeto era antigo, de 2002, e não contemplava algumas questões. Por conta disso, o projeto foi alterado – não ampliado – em termos de layout e fluxo operacional interno dos terminais”, explica o assessor da Infraero.

Também fazem parte das obras do novo terminal a construção dos acessos à nova estação de passageiros, cuja localização será do outro lado da pista de pouso. “Como o aeroporto está sendo deslocado para o outro lado da pista, nós não temos acesso viário até lá. Então nós vamos construir dentro do sítio aeroportuário o acesso necessário até o meio fio do aeroporto. Mas é necessário também que as vias da cidade sejam adaptadas para receber esse fluxo novo de passageiros”, esclarece.

Considerando o plano diretor aeroportuário da Infraero para o sítio de Goiânia, José Eduardo elucida que a construção do novo aeroporto deve suportar a demanda até o ano de 2030, quando deverá passar por nova revisão, que pode determinar nova ampliação de terminais e pátios. “Isso vislumbrando como vai ser a demanda daqui 15 ou 20 anos, coisa que a gente planeja, mas não tem como prever ou afirmar que vai ser deste ou daquele jeito. Mas a capacidade total do aeroporto em termos de carga e aviação geral – tudo o que funciona lá dentro – está prevista nesse plano diretor”.

Apesar dos custos da obra ainda não estarem totalmente delimitados – já que o projeto ainda não foi tecnicamente concluído – o assessor da Infraero calcula um investimento de cerca de R$ 300 milhões na construção do novo terminal de passageiros e de R$ 60 milhões nas obras de infraestrutura. Ele destaca que tudo o que foi feito até o momento da paralisação será aproveitado e, caso não seja possível, adaptado às demandas do novo projeto. “Já fizemos uma perícia técnica na qual foram indicados os pontos de concreto e terraplanagem que precisam ser refeitos. Já está tudo levantado e será incorporado nesta retomada”, finaliza.

Fonte: Goiás Agora