Destilaria troca São Paulo por usina em Goiás

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Venda da JW para o CerradinhoBio foi concretizada em agosto de 2012. Mudança faz parte de um investimento de quase R$ 30 milhões.

Com capacidade de produzir 1,3 milhão de litros por dia de etanol hidratado, uma destilaria da empresa JW Indústria e Comércio de Equipamentos em Aço Inoxidável se mudou no último dia 25 da sede da empresa, em Sertãozinho, no Estado de São Paulo, para Chapadão do Céu, em Goiás. O equipamento integrará a parte industrial da Usina Porto das Águas, do Grupo BioCerradinho, sendo que a sua venda foi concretizada durante o mês da Fenasucro 2012 (Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira).

Principal encontro mundial do setor sucroenergético, o evento é realizado pelo Ceise Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis) e o Sindicato Rural de Sertãozinho e promovido pela Reed Multiplus, associada à Reed Exhibitions Alcantara Machado.

Para o gerente comercial da JW, Fabiano Ruiz, a participação da Fenasucro é muito importante para alavancar vendas deste porte, como também de outros contratos, tanto que a empresa já garantiu a presença na edição deste ano. “A feira concentra todo o setor e viabiliza novos contatos”, diz o executivo, que acompanhava a saída da destilaria acomodada em quatro carretas, cada uma com diâmetro de seis metros e pesando cerca de 40 toneladas cada.

A nova destilaria faz parte de um investimento de cerca de R$ 30 milhões para a ampliação da capacidade industrial que possibilitará sair dos 750 toneladas de cana/hora atuais, para 850 ton. cana/hora, acumulando assim 20 mil toneladas de cana dia à produção da usina. “Em 2012 a BioCerradinho produziu 300 mil MW/h de energia, sendo que consume 105 mil MW/h e exporta 195 mil MW/h e 239 milhões de litros de etanol hidratado, consumido totalmente no mercado interno”, diz o gerente industrial da BioCerradinho, Walter di Mastrogirolamo, explicando que o novo equipamento tem capacidade de produção de 270 milhões de litros/ano, mas devido a escassez de matéria-prima, inicialmente não irá funcionar na capacidade total. “Nossa previsão é de moer 3.830 milhões de toneladas de cana e produzir 329 milhões de litros de etanol nesta safra”, afirma Mastrogirolamo concordando com Ruiz na afirmação da importância da feira para a divulgação do setor. “A participação na Fenasucro é sagrada, pois a feira é muito importante para o setor, momento no qual tecnologia, tendências e novos equipamentos podem ser conferidos.”

Fenasucro 2013
Em 2013, as feiras terão novo formato e nome, com a integração entre os setores industrial e agrícola em um único evento. A nova Fenasucro será dividida pelos setores agrícola, processos industriais, transporte e logística e fornecedores industriais, contemplando toda a cadeia produtiva do setor sucroenergético unificando assim a Fenasucro, Agrocana e Forind-SP.

“A feira recebeu um público altamente qualificado de 40 países e gerou cerca de R$ 2,2 bilhões em negócios para o setor sucroenergético”, afirma o diretor da Reed Multiplus, Fernando Barbosa, concluindo: “Mesmo nos períodos de crise, as feiras vêm mantendo seu crescimento, contribuindo para a evolução tecnológica do setor em razão de terem se tornado importante centro de oferta de produtos e soluções voltados à manutenção e modernização das usinas”.

A Fenasucro 2013 acontecerá entre os dias 27 a 30 agosto, com a expectativa de reunir 500 empresas e receber mais de 30 mil visitantes, e ocupará uma área de 60 mil m2, no Centro de Exposições Zanini, em Sertãozinho, Estado de São Paulo.

Fonte: Jornal O Hoje