Galo Goiano leva frevo ao Vaca Brava
Na concentração, o Galo reuniu cerca de 500 pessoas na Avenida T-5, no Setor Bueno, e agregou mais gente.
“Goiânia tem samba no pé. Só não vê quem não quer.” Foi com essa frase, ao ritmo da batucada, que o presidente da Sociedade do Samba Sebastião Saraiva Magalhães (Sossam), Itamar Correia, comandou o início do bloco Galo Goiano, ontem, na capital. Apesar do pouco tempo – três anos –, o bloco já faz parte do calendário carnavalesco e é a atração das terças-feiras de carnaval, em Goiânia. Na concentração, o Galo reuniu cerca de 500 pessoas na Avenida T-5, no Setor Bueno, e agregou mais gente, à medida que foi circulando o Parque Vaca Brava.
O bloco, este ano, veio em tom de homenagem. Em dezembro do ano passado, o criador do Galo Goiano, Marco Antônio de Vieira, faleceu e os foliões, comandados pelos familiares, decidiram homenageá-lo. Marquinho, como era chamado pelos mais próximos, foi o primeiro DJ de Goiânia e trabalhava como animador. Ele era um amante do carnaval e defensor da ideia de que Goiânia devia ter uma festa própria, com blocos e desfile de escolas de samba.
A mãe dele, Rosa Barbosa de Brito, e os irmãos de Marcos marcaram presença e curtiram a tarde de samba e frevo. A menção ao Galo resultou da combinação de uma série de fatores. Quando decidiu pela criação do bloco, Marcos se juntou a amigos. Dentre eles, alguns pernambucanos, que quiseram mencionar o animal, em alusão ao famoso Galo da Madrugada, bloco que animal o carnaval de Recife.
A mistura resultou na denominação do Galo Goiano como bloco carnavalesco de frevo. A organização, além das bandas e grupos de batucada, levou, ontem, um grupo de dançarinos da tradicional dança pernambucana. Diversas famílias participaram, inclusive pais com filhos pequenos. Todos, fantasiados e devidamente a caráter.
A coordenadora de Marketing, Daniela Felipe Ribeiro, e o administrador, Benício Neto, levaram as irmãs Isadora, de 3 anos, e Letícia Felipe, 2, para acompanharem a saída do bloco. As garotinhas, que gostam de dançar, adoraram o barulho e o movimento. Apesar da satisfação, a mãe fez questão de frisar que Goiânia precisa, ainda, cultivar essa cultura carnavalesca.
Fonte: Jornal O Hoje