Estimativas apontam que as obras de mobilidade serão finalizadas em um período de dois anos.

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Reunião da Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo realizada na última segunda-feira, 4, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, com a presença do governador Marconi Perillo e dos membros do Câmara Deliberativa dos Transportes Coletivos (CDTC) discutiu o convênio interfederativo entre Estado e Prefeitura de Goiânia para a implantação Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Após aprovação dos termos finais do edital de licitação pela Câmara Deliberativa, documento passará por avaliação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para posterior publicação, que deverá ocorrer este mês.

Reunião resultou na aprovação dos termos finais do edital que possibilitará a construção VLT em Goiânia. Na reunião também esteve presente o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela. O projeto de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi aprovado em segunda e definitiva votação no Plenário da Assembleia Legislativa em 27 de novembro de 2012.

Paulo Garcia, durante a reunião, informou que a Administração Municipal participa do processo de implantação do VLT com recursos do PAC da Mobilidade e estaduais, por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs), que possui R$ 430,00 milhões e Goiânia destinará 50% desse recurso ao estado para que desenvolva o projeto inicial do VLT. O orçamento das obras está estimado em R$ 1,3 bilhão, recurso proveniente dos governos Federal e Estadual.

Conforme informações da assessoria de comunicação da prefeitura de Goiânia, o prefeito disse que o que era de responsabilidade da prefeitura foi realizado de forma mais rápida possível e a próxima participação do executivo municipal será na homologação do edital de licitação, já que aprovaram a modalidade de concessão patrocinada e agora cabe ao governo do estado a execução e o desenvolvimento do projeto.

Após a publicação do edital que haverá a seleção da empresa responsável pela obra. O secretário estadual das Cidades e de Desenvolvimento da Região Metropolitana, Silvio Sousa, estima que a conclusão do VLT ocorrerá em dois anos, a partir do início das obras. Silvio Sousa acredita que o modelo usado resultará em uma redução dos impactos causados no comércio, na vida das pessoas e no trânsito de veículos. Sob informações do secretário no início de janeiro, o projeto básico já está pronto e contém 350 páginas com os detalhes da construção do novo transporte público de Goiânia, o qual apresenta capacidade três vezes maior do que a suportada atualmente pelo Eixo Anhanguera.

Referente a implantação do BRT (Bus Rapit Transit) chamado de “Corredor Goiás Norte/Sul”o Presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo, Ubirajara Alves Abud, explica que é um modal diferente do VLT, porém que terá características similares quanto a atendimento da demanda de passageiros. Conforme afirmou o presidente a prefeitura de Goiânia irá implantar o BRT no sentido norte-sul que compreenderá cerca de 22 quilômetros e o Estado o VLT simultaneamente. “Nós também entendemos que o VLT é um modal interessante por questão urbanística e também ecológica”, salienta. O sistema BRT tem como objetivo criar redes de eixos de transportes que estejam integrados à rede existente. A concepção do sistema prevê a implantação de faixas exclusivas para o transporte coletivo por ônibus e a substituição da frota atual por veículos de maior capacidade

Ubirajara Abud ressalta que para Goiânia o impacto desses modais é importante. “Nós optamos pelo BRT pela viabilidade financeira. Teremos os dois modais implantados na cidade.”, assegura. O trecho do BRT norte-sul abarca desde a região do Terminal Cruzeiro seguindo até o Recanto do Bosque. Quanto a sustentabilidade, presidente afirma que pelo fato de se aumentar a velocidade desse transporte com corredor exclusivo já reporta uma forma sustentável. “Aumentar a velocidade, você diminui a poluição e há um gasto menor com combustível”, explica.

De acordo com o presidente a intenção é que dois anos seja completamente suficiente para concluir as obras, tanto para o BRT quanto para o VLT. Ubirajara salienta que pretendem colocar a licitação para o primeiro semestre deste ano para que até julho seja iniciada a ordem de serviço. Segundo o presidente para a implantação do BRT serão utilizados recursos materiais brasileiros, já que acreditam que o país consegue atender a demanda.

Projeto VLT

O VLT ligará o Terminal Padre Pelágio e o Terminal Novo Mundo, estabelecendo o percurso leste-oeste de Goiânia, com 13 quilômetros de extensão contendo12 estações, com distância de 850 metros entre uma e outra, e cinco terminais. Os trens serão de modelo francês, com motores individuais por roda, ocasionando a diminuição do consumo de energia. Serão 13 composições, com dois carros, e cada uma delas terá capacidade para 750 passageiros.

No decorrer do VLT, serão construídas ainda inserções urbanas de alto impacto, como calçadões, ciclovias, equipamentos urbanos de última geração, piso tátil, que tem função de orientar pessoas com deficiência visual ou com baixa visão, atendendo as normas internacionais de mobilidade e acessibilidade. A velocidade desenvolvida no trajeto subirá dos atuais 16 km/h desenvolvidos pelo Eixo Anhanguera para 23,5 km/h, diminuindo o tempo de viagem de 50 para 34 minutos. Estão previstas trinta composições, com dois carros com capacidade para 750 passageiros. Como parte da proposta no edital o percurso será composto por uma estrutura de mobilidade urbana, como calçadões e ciclovias

Projeto BRT

O trajeto do BRT terá cerca de 22 quilômetros, contará com 60 veículos e custará R$ 245 milhões aos cofres públicos e vai atender mais de 114 mil passageiros diariamente, segundo dados da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). Serão dispostos sete estações no trecho de Aparecida de Goiânia e 41 estações no trecho de Goiânia. No trecho localizado na Avenida Goiás serão mantidas as estações de embarque e desembarque existentes. Nos trechos das estações a seção transversal permitirá ultrapassagem.

Fonte: Diário da Manhã