RMTC divulga pontos críticos de Goiânia

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Cinco vias registram as menores velocidades no trânsito na capital, com o menor registro em 9,09 km/h.

As avenidas Paranaíba, Araguaia, Tocantins, Independência e o anel externo da Praça Cívica são as cinco vias que registraram as menores velocidades médias de veículos e ônibus de Goiânia. A informação é da Rede Metropolitana de Transporte Coletivos (RMTC), e foi baseada nos dados coletados pelo PONTOaPONTO, índice que mede a fluidez do trânsito na Região Metropolitana de Goiânia. O balanço das avenidas com maior carregamento e menor velocidade foi divulgado ontem pelo consórcio, que já utiliza o sistema de medição desde setembro.

No período da manhã, a menor velocidade média pode ser observada na Avenida Paranaíba, com 9,09 km/h. Em seguida vem o anel externo da Praça Cívica (11,41 km/h), Avenida Araguaia (12,32 km/h), Avenida Tocantins (13,79 km/h) e a Avenida Independência (15,18 km/h). Já de tarde e início da noite, a região da Praça Cívica é o ponto mais crítico, a lentidão por ali atinge a média de 6,43 km/h. Depois surgem as avenidas Paranaíba, com 12,81 km/h, e a Tocantins, com 15,18 km/h.

A lentidão nessas vias é provocada, principalmente, pela programação dos semáforos. Quem afirma é o engenheiro de trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), Carlos Alberto de Miranda. Ele explica que a falta de ações conjuntas com os órgãos competentes gera alguns problemas. “Hoje, programamos o semáforo sem ter a mínima ideia da frequência dos ônibus. Como fazer isso sem saber da demanda de veículos e de ônibus?”, questiona.

Transporte coletivo está entre principais soluções

Por outro lado, Miranda frisa que a lentidão não ocorre somente por causa disso. É preciso, segundo ele, se atentar ao fato de que faltam investimentos em termos de corredores na capital. Além disso, a infraestrutura também deixa a desejar. “Não dá mais para usar métodos paliativos. Temos, ainda, de ter transporte coletivo de qualidade e digno para que possamos deixar mais o carro em casa e ter um tráfego melhor”, destaca.

O engenheiro de trânsito comenta que a SMT vem tentando trabalhar com a implantação de laços indutivos, que, de acordo com ele, são cabos energizados que captam a passagem de veículos. A tecnologia ajudaria a montar um banco de dados sobre o tráfego em determinadas regiões, como, a quantidade de veículos que passa em determinados pontos. “Com os laços teremos condições de trabalhar para melhorar a fluidez nas vias”, ressalta.

Motoristas dizem que problema já é antigo

O taxista José Alves da Silva, 51, trabalha nos arredores da Praça Cívica e conta que a lentidão no trânsito é um problema antigo. Na profissão há 16 anos e sempre atuando na capital, ele garante que os motoristas têm dificuldade para transitar na região nos horários de pico. E, apesar de se dizer já “treinado” para lidar com a situação, José afirma: “É muito ruim ficar ‘enrolado’ aqui”. Para o trabalhador, fluxo intenso de carros e ônibus e a centralização do comércio é o que colabora com as baixas velocidades.

Já o administrador Luiz Gustavo de Oliveira, 29, acredita que o tempo dos semáforos é o que faz com que o tráfego seja lento. Como trabalha no centro da cidade, o rapaz tem de passar pela Praça Cívica todos os dias, e também pela Avenida Araguaia, que é outro ponto crítico. “Sempre passo nos horários de pico e é bem ruim de trafegar por aqui. O sinal leva mais tempo para fechar, mas a espera acaba sendo maior”, observa.

A situação depende dos dias, de acordo com Luiz Gustavo. No entanto, “nos normais levo em média 15 minutos para passar pela praça”. Na opinião do administrador, para que os problemas sejam solucionados é necessário repensar a programação dos semáforos. ­

Fonte: Jornal O Hoje