Mais um vez: Obras programadas para maio
Início de construção do novo terminal depende de análise e autorização do TCU.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) estima que a construção do novo terminal de passageiros do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, comece em maio. A data - um ano depois do previsto em cronograma divulgado em novembro de 2011- depende do tempo que o Tribunal de Contas da União (TCU) levará para analisar e autorizar a obra. Na estimativa, é considerado um prazo de aproximadamente dois meses.
O consórcio das empreiteiras Via Engenharia e Odebrecht entregou o projeto do terminal no início de janeiro. Após análise, a Infraero pediu modificações em “requisitos técnicos de áreas operacionais e comerciais”: quer que sejam alterados os modelos das lojas a serem instaladas no local e também do espaço para instalação de equipamentos de detecção de metais, raios X e de tratamento de bagagens.
A estatal concedeu mais 60 dias para que o consórcio promova as alterações. Com isso, o projeto deve ser entregue novamente em março e, em seguida, encaminhado para análise do tribunal de contas. “Se o TCU der aval nos projetos e orçamentos, a Infraero pretende retomar as obras em maio deste ano”, informa. O orçamento, no entanto, “depende da conclusão e atualização dos projetos executivos de infraestrutura e do terminal de passageiros”.
INFRAESTRUTURA
Os projetos executivos de infraestrutura estavam sob responsabilidade do Exército, que estourou prazos. O trabalho de definição das pistas de taxiamento de aeronaves, vias de acesso e estacionamento foi entregue incompleto. O restante deverá ser concluído pelo consórcio de empresas.
Concorrência sobre pista será aberta hoje
A concorrência pública para escolha da empresa responsável pela reforma da pista do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, será aberta amanhã. A escolha será feita por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que permite ao Poder Público - no caso, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) só divulgar a estimativa de preço da obra depois de anunciada a empresa vencedora.
A Infraero mantém a disposição de interditar a pista de 21h10 às 7h10 durante o prazo estimado de quatro meses. O prazo provocou reação do Trade Turístico goiano e das empresas aéreas. Diretor Técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNAE), Ronaldo Jenkins, afirma que Goiânia pode perder voos caso as empresas transfiram os trechos para rotas mais lucrativas. “A chance é remota, mas existe”, diz.
A estatal informa que a definição do tempo atende às disposições da Resolução 158 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sobre autorização prévia para a construção de aeródromos. O documento determina padrões para a obra, como a quantidade de ranhuras da pista, e, de acordo a Infraero, entrou em vigor em dezembro. Em entrevista ao POPULAR, em dezembro, superintendente regional da Infraero, Gustavo Schild, disse que pretende concluir a obra em prazo menor que os quatro meses previstos.
Diretor do Goiânia Convention Bureau, Newton Emerson Pereira, afirma que, embora tenham insistido nas gestões para que a Infraero reduzisse de dez para seis horas o período de interdição da pista, a estatal não cedeu. Ele afirma que conversa agora com as companhias aéreas para verificar qual poderá manter os voos para Goiânia em outros horários.
Gol, Tam, Azul e Trip operam voos no horário de interdição. A Gol “se manifestará tão logo as definições das obras forem concluídas”. A Tam não manterá nenhum trecho no período. “Os passageiros serão acomodados em outros voos da companhia ou de congêneres, ou ainda poderão solicitar o reembolso das passagens já adquiridas”, informa. Azul e Trip se pronunciarão após reunião com a Anac.
Fonte: Jornal O Popular