VLT: Maranhão assume grupo de trabalho

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A 15 dias do lançamento do edital de licitação para implantação do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) em Goiânia, o governador Marconi Perillo (PSDB) nomeou ontem o ex-presidente da Metrobus Carlos Maranhão para comandar o grupo executivo responsável pela obra.

Afastado do governo há pouco mais de quatro meses, quando coordenava o comitê de marketing da campanha do deputado federal Jovair Arantes (PTB) à Prefeitura de Goiânia, Maranhão havia participado de todo o processo de estudos e garantia de recursos para o empreendimento.

O grupo executivo foi criado em lei em dezembro do ano passado. Oficialmente, a escolha de Maranhão teve relação com o fato de já ter envolvimento com o projeto e condições de cuidar da obra em período integral. Avaliou-se a possibilidade de nomeação do secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia e de Cidades, Silvio Sousa, ou do presidente da Metrobus, Adriano Rodrigues de Oliveira, para o comando do grupo.

Adriano deixou a vice-presidência da Agência de Transportes e Obras (Agetop) para assumir o lugar de Maranhão na Metrobus. Ele já havia comandado a empresa entre 2007 e 2008.

Além do conhecimento sobre o projeto e do fato de não acumular outras funções, estaria por trás da nomeação de Maranhão também a boa relação com a Prefeitura de Goiânia. Mesmo estando em lado oposto ao prefeito Paulo Garcia (PT) na campanha eleitoral, o auxiliar do governo tem bom trânsito no Paço.

A gestão estadual se esforça para evitar que o embate político contamine o processo de implantação do VLT, depois de episódios de mal-estar com a Prefeitura. O grupo que Maranhão comandará tem um conselho com 12 integrantes, sendo um deles indicado pelo prefeito.

Do custo de R$ 1,3 bilhão previsto, R$ 215 milhões sairão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, do governo federal, cedidos pelo Paço.
O grupo executivo será vinculado à Secretaria da Região Metropolitana, onde deve se instalar, mas se reporta diretamente ao governador, segundo a Lei 17.842. “É uma unidade operacional que funcionará de forma independente”, diz Maranhão.

Ele prevê que o quadro de auxiliares, de 11 pessoas, aumente nos próximos dias, chegando a 20 integrantes. O salário do presidente é equivalente a de diretor, de R$ 15 mil.

A previsão é que o edital de licitação do VLT, previsto para este mês, seja lançado em 5 de fevereiro, no dia seguinte à reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), que precisa dar o respaldo ao projeto.

Fonte: Jornal O Popular