Goiás tem menor saldo de empregos
Foram criados 66,2 mil novos empregos em 201contra 51,7 mil em 2009. Total mensal ficou negativo, com 21,4 mil postos em dezem.
Goiás seguiu a queda no País e apresentou o menor nível de geração de empregos desde 2009, segundo dados do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No ano passado, foram criados 66.230 novos postos de trabalho no Estado, o que representou queda de 2,67% em relação a 2011. O setor de serviços contribuiu com mais força com o resultado ao criar 26.651 empregos celetistas (de carteira assinada).
O saldo é resultado de 761.494 admissões e 695.264 desligamentos, entre janeiro e dezembro de 2012, sendo que o mês de dezembro imprimiu maior impacto no resultado regional. No mês passado, o saldo negativo de 21,4 mil postos de trabalho colocou o Estado entre os seis maiores decréscimos no número de empregos gerados no País.
Os principais motivos são sazonais, como a entressafra agrícola, férias escolares, período de chuvas e esgotamento da bolha de consumo no final do ano. O saldo negativo goiano, no entanto, não foi isolado. Todos os estados da federação e Distrito Federal acompanharam com números negativos.
Além do setor de serviços, também contribuíram para o resultado anual, os seguintes setores: indústria de transformação, com a criação de 14.341 postos, comércio (13.388 postos) e construção civil (6.739 postos).
A maior queda no nível de empregos do Estado, no ano passado, entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, ficou com Goiânia. Na capital foram criados 15.696 novos postos e extintos 21.464, o que resultou em um saldo negativo de 5.768. Por outro lado, o município de Caldas Novas, admitiu 798 trabalhadores com carteira assinada e demitiu 665, o que gerou o maior saldo positivo do Estado, com 133 novos postos criados.
De acordo com o Caged, em 2009 foram criados 51.709 empregos em Goiás. No ano seguinte, atingiu-se o resultado de 82.904 novos postos de trabalho, o melhor resultado regional nos últimos dez anos. Em 2011, houve queda e foram registrados 68.053 novos postos.
País
O Brasil criou 1,3 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada no ano passado, também configurando no menor saldo desde 2009, considerando a série histórica com ajustes. O resultado é 33% inferior do que o verificado em 2011, quando foram gerados 1,9 milhão de empregos.
Em dezembro de 2012, houve redução de 496.944 vagas, uma queda de 1,27% em relação ao estoque verificado em novembro.
O saldo consolidado até novembro já apontava para um resultado fraco em 2012. Naquele mês, apesar do saldo positivo em 46.095 mil, o acumulado do ano somava apenas 1,771 milhão de novas vagas, a menor marca para os onze primeiros meses do ano desde 2009.
O ritmo mais baixo de criação de postos de trabalho é resultado da desaceleração da economia brasileira frente a 2011. A expectativa é que o PIB (Produto Interno Bruto) do país em 2012 avance apenas 1%, segundo as estimativas do relatório Focus, do Banco Central, que reúne as projeções dos analistas de mercado. O dado oficial ainda será divulgado pelo IBGE.
São Paulo apresentou o maior saldo negativo no País com -185.287 postos, seguido de Minas Gerais (- 57.042).
Ministro quer retomada este ano
Apesar dos números, o ministro do Trabalho, Carlos Brizola Neto, afirmou que a retomada do crescimento da economia vai permitir a criação de 2 milhões de empregos em 2013.
O ministro citou informações do Ministério da Fazenda e projeções de mercado segundo as quais a economia já roda a uma taxa de 3% a 4%. “Temos plena convicção de que um modelo que aposta no investimento, na produção e na competitividade vai garantir a retomada do crescimento econômico e uma geração de empregos semelhante aos anos anteriores à crise, a casa dos 2 milhões”, afirmou.
Segundo o ministro, a criação de empregos na indústria neste ano deve puxar toda a cadeia produtiva. O setor de serviços também deve criar empregos, com a proximidade dos grandes eventos esportivos, afirmou.
Brizola Neto citou que as medidas adotadas pelo governo para impulsionar a economia deram confiança ao mercado – como a redução da tarifa de energia, a queda da taxa de juros, a redução do custo do capital e as desonerações tributárias.
Fonte: Jornal O Hoje