Mais 200 mil veículos nas ruas e estradas goianas

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Somadas as vendas de caminhões, ônibus, motos e carros, foram 200.277 unidades no Estado, em todo o ano de 2012.

As concessionárias goianas tomaram o último fôlego, em dezembro, proporcionado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Vendas quase 30% maiores no mês passado somaram com bons resultados mensais iniciados em maio e contribuíram para que o ano encerrasse com alta de 10,21%. No ano, 129.133 mil novos automóveis de passeio e comerciais leves foram para as ruas em Goiás.

Apenas no mês passado, 13.536 novos carros foram vendidos em Goiás, conforme dados divulgados ontem, pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Somadas as vendas de caminhões, ônibus e motocicletas, foram comercializados 200.277 veículos no Estado, nos 12 últimos meses, finalizados em dezembro. Nesse caso, o cenário é de ligeira retração nas vendas (-3,6%), resultado de 7.480 unidades vendidas a menos.

Pesaram negativamente, quedas de -26,74% na comercialização de caminhões e de -21,14% na de motocicletas. No acumulado do ano, foram comercializadas 15.540 motos a menos que no acumulado de 2011.

Com o resultado, Goiás deteve 37.6% das vendas realizadas no Centro-Oeste. Na região, foram comercializados 532 mil veículos, sendo 278 mil automóveis, 84 mil comerciais leves e quase 194 mil motocicletas. A soma goiana respondeu 3,6% sobre as vendas nacionais, que acumularam 5.586 milhões de unidades – dessas, 2.841 milhões são carros, 1.637 motocicletas e 792 mil comerciais leves.

De acordo com o presidente do Sincodive/GO, José Roberto Ventura, apesar do fim da redução do imposto, em sua totalidade para algumas categorias, a prorrogação do desconto parcialmente ainda anima o setor. O entusiasmo é motivado pela redução dos juros e pelo o crédito disponível.

A soma dos dois fatores pode, segundo Ventura, representar melhora nas vendas de automóveis em Goiás, também nos próximos meses, embora em níveis bem inferiores aos obtidos no ano passado. “Nossa estimativa é de um crescimento de 3% a 4% nas vendas neste ano”, avalia Ventura.

As projeções para o ano indicam também uma forte retomada ao setor de caminhões. As vendas devem ser 16% superiores aos níveis registrados em 2012, já que as taxas zeradas foram mantidas pelo governo federal permanentemente.
Produção

Diante da iminente redução no ritmo de compras de veículos, a produção no Brasil caiu 14% em dezembro ante novembro, segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado de 2012, a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos pela indústria automotiva recuou 1,9%, para 3.342.617 unidades. Em 2011, o total chegou a 3.407.861.

A maior queda no ano ocorreu na produção de caminhões (40,5%) em 2012. As vendas diminuíram 19,5%. As exportações também registraram que­da de 20,1%. Em 2012, foram comercializadas no mercado externo 442.075 unidades, contra 553.334 no ano anterior.

Concessionárias ainda têm 243 mil unidades

O mercado brasileiro de veículos encerrou o ano passado com pouco mais de 254 mil unidades em estoques disponíveis. O número é suficiente para 24 dias de vendas, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Desse total, 243,6 mil unidades estão nos pátios das concessionárias de veículos e já estão faturados. Têm, portanto, com preços do ano passado, quando o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) estava com a alíquota zerada para os carros populares (até 1.0).

Segundo estimativa da Anfavea, o volume nos pátios é capaz de atender 20 dias de vendas em janeiro. A partir daí, consumidores encontrarão modelos com preços reajustados graças ao retorno de parte da alíquota do imposto em janeiro.

Com a redução total do IPI no ano passado, os valores haviam caído cerca de 10%, na média. Neste ano, a alíquota será reconstituída gradualmente até chegar aos 7% (para veículos 1.0) no meio do ano.

A primeira alta passou a valer já em janeiro, com retorno de 2% do IPI para os populares. A previsão é que este primeiro aumento, aliado à recomposição de margens das montadoras, cause um impacto de até 3% no preço final dos veículos.

Segundo o vice-presidente da Anfavea, Luiz Moan, o retorno gradual vai diminuir o impacto do retorno do IPI nas vendas do setor. “Gradualidade de retorno é a melhor forma e vai fazer com que o mercado continue crescendo”, afirma.

A previsão da entidade é que as vendas encerrem este ano com crescimento de 4%. No ano passado, o setor comercializou 3,8 milhões de unidades e fechou o ano com alta de 4,6% em relação a 2011.

Fonte: Jornal O Hoje