Energia elétrica deve ficar 16% mais barata em Goiás

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Redução é menor que os 20,2% anunciados pelo governo federal, mas só deve ser aplicada entre março e abril deste ano.

Ogoverno federal pretende reduzir as tarifas de energia elétrica, em todo o País, em 20,2%. O início do desconto é previsto para o início de fevereiro. Em Goiás, a redução deverá ser de algo em torno de 16%, mas o percentual exato ainda deverá ser estabelecido nos próximos meses. Ontem, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.783/13, que renova concessões do setor de energia e permite o barateamento da conta de luz dos brasileiros. A lei foi publicada no Diário Oficial da União.

De acordo com o diretor técnico comercial de Geração e Transmissão da Celg , Asley Stecca Steindorff, não há dúvidas de que ocorrerá a queda no preço. “A redução vai ocorrer e será igual em todo o País. Mas cada concessionária terá um percentual conforme a quantidade de energia que cada uma compra”, diz.

Segundo ele, não há nenhuma interferência ou empecilho para a queda no preço da tarifa em Goiás, embora haja objeções quanto ao prazo estipulado pelo governo federal. “Não acreditamos que será possível aplicar a redução já em fevereiro. Demanda uma revisão tarifária em todas as distribuidoras do Brasil”, explica ele, completando que, se a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) trabalhar nos prazos legais, a conclusão desse processo deverá ocorrer entre os meses de março e abril.

Consumidor
Com uma fatura de energia elétrica que nunca passava dos 40 reais, a aposentada Auvaci Leão, de 79 anos, tomou um susto quando viu sua conta dobrar de valor de uma hora para a outra. Com insuficiência pulmonar, ela respira com auxílio de aparelhos que devem permanecer ligados pelo menos duas horas por dia.

Os equipamentos aumentaram o consumo de energia elétrica, aumentando o preço da conta no final do mês. À conta, também foram somados dois reajustes na tarifa, um em junho e outro em setembro do ano passado. O resultado é uma fatura de R$ 80 e média. “A diferença é muito grande e pesa muito no orçamento”, diz ela.

Aplicado o reajuste anunciado pelo governo, a aposentada teria, de imediato, um desconto de 16 reais em sua fatura, que cairia dos atuais 80 reais para menos de 64. No segundo caso, com a redução de 16%, a conta no final do mês seria de 67 reais, redução de 13 reais.

Para que a redução de 20,2% seja possível, o governo precisa considerar as desonerações da energia comprada, dos custos da transmissão e dos encargos setoriais que beneficiarão os consumidores e a dotação orçamentária que podem dispor. A Revisão Tarifária Extraordinária que será levada a efeito até o dia 5 de fevereiro irá estabelecer as tarifas que entrarão em vigor para cada concessionária.

Nota da Celg D
Em nota enviado ao HOJE, a Celg D disse que elaborou pedido de renovação das concessões em 11 de outubro de 2012, já de acordo com os preceitos da Medida Provisória 579/ 2012, que deu origem a Lei 12.783/13.

“A anuência a este pedido está sujeita às deliberações do Ministério de Minas e Energia, que tem por objetivo assegurar a continuidade, a eficiência da prestação do serviço, a modicidade tarifária e o atendimento da racionalidade operacional e econômica”, descreve a nota.

Ainda não houve a deliberação quanto à prorrogação pleiteada pela Celg D e, caso haja, será pelo prazo de 30 anos.

Fonte: Jornal O Hoje