Vendas de importados ganham novo fôlego
Mariza SantanaAs concessionárias que vendem veículos importados estão conseguindo manter o nível das vendas, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender, até o dia 15 de dezembro, o decreto do governo federal que aumenta em 30% o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que têm índice de nacionalização inferior a 65%. Enquanto isso, as revendas aproveitam para fazer promoções e limpar os pátios.
O gerente geral da Nisa Hyundai, Guilherme Seixas, informa que as vendas melhoraram após o anúncio da decisão do STF. Ele elogia a medida, já que no final de ano entra os recursos do 13º salário no mercado e é um momento propício para a troca de veículo. A concessionária, porém, havia solicitado um estoque complementar que foi mantido. Em outubro, as vendas cresceram 60% sobre setembro e a expectativa é boa também para novembro. Para dezembro, será preciso avaliar como ficarão os estoques, diz o gerente.
Em outubro, a Hyundai registrou um market share (participação no mercado) de 3,99% no Brasil, resultado que a mantém na sexta colocação entre as marcas de veículos mais vendidas no País. A meta é conquistar o quarto lugar (hoje da Ford) em 2013. Já a Nisa Hyundai em outubro teve participação de 8,67% no mercado goiano, o que lhe garantiu o segundo lugar entre as concessionárias da marca coreana em todo o Brasil. “A medida do STF foi sábia”, avalia Guilherme. Atualmente, o modelo mais vendido na Nisa Hyundai é o i30, vindo em seguida o Tucson. O Veloster, que é lançamento, tem sido muito procurado e conta com a fila de espera de 60 dias.
Segundo o gerente comercial da concessionária JAC Motors em Goiânia, Márcio Alencar, em outubro, as vendas se mantiveram e novembro começou bem movimentado. “Não deixamos de vender bem”, afirma. O modelo mais procurado é o J3, que não terá reajuste de preço. A concessionária, que começou a operar em Goiânia em março último, já tem 2% de participação no mercado local e a perspectiva é de crescimento. Ele admite que o desempenho das vendas de dezembro ainda é uma incóg- nita, devido à entrada em vigor do decreto do governo federal. Mesmo com receio, o gerente ainda acredita em boas vendas.
Fonte: Jornal o Hoje