Negócios no Porto Seco devem aumentar 25%
Amovimentação de mercadorias no Porto Seco Centro-Oeste, em Anápolis, deve atingir neste ano o total de US$ 2,7 bilhões, o que vai representar crescimento de 25% sobre o resultado de 2010. A estimativa é do superintendente do terminal alfandegado, Edson Tavares. Segundo ele, as empresas goia- nas aproveitaram o câmbio favorável (dólar baixo diante do real) para efetuar importações por meio do Porto Seco.
Atualmente, 95% das operações realizadas no terminal em Anápolis são importações, principalmente de fármacos, para atender ao polo farmacêutico do Estado; e ainda de veículos e partes, máquinas e equipamentos para as indústrias goianas, além de equipamentos hospitalares. Os 5% restantes das operações se referem às exportações de minérios, sementes e fármacos.
Edson Tavares informa que o Porto Seco Centro-Oeste movimenta 37% da carga transportada em Goiás. Entre as estações aduaneiras do interior existentes no País (outros Portos Secos), o de Anápolis, mesmo sendo o terminal mais distante do litoral, ocupa o terceiro lugar em movimentação de mercadorias, perdendo apenas para Colúmbia (SP) e Terca (ES).
Para o superintendente, no futuro, a estação aduaneira goiana poderá se tornar exportadora de veículos devido à proximidade com a fábrica da Hyundai/Caoa, que também está localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), e à entrada de operações da Ferrovia Norte-Sul, que ligará Goiás ao Porto de Itaqui (MA). Atualmente, o Daia já é servido por um ramal da Ferrovia Centro-Atlântica, que interliga Goiás aos portos de Santos (SP) e Vitória (ES).
Armazenagem
O Porto Seco Centro-Oeste completou 12 anos em setembro. Trata-se de um terminal alfandegado de uso público, destinado à armazenagem e movimentação de mercadorias importadas ou destinadas à exportação, sendo utilizado como facilitador de operações do comércio exterior. Na estação aduaneira, as empresas que operam com comércio exterior encontram todos os serviços reunidos em um só lugar, com a presença constante da Receita Federal do Brasil, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde e do Ministério da Agricultura.
A estação goiana movimenta 22 mil toneladas de cargas por mês, o que representa 40% da carga brasileira exportada pelo Trem Expresso da Ferrovia Centro-Atlântica. O terminal alfandegado fica nas proximidades da área de Plataforma Logística Multimodal de Goiás, projeto do governo estadual que prevê reunir, em um mesmo local, terminais de frete aéreo, aeroporto internacional de cargas, polos de serviço e administração, centro de carga rodoviária e terminal de carga ferroviária.
Segundo Edson Tavares, o projeto da Plataforma Logística, agora a cargo da Secretaria Estadual de Indústria e Comércio (SIC), “precisa decolar”. “Acredito que ele só será viável com a parceria da iniciativa privada”, afirmou o superintendente do Porto-Seco de Anápolis.
Fonte: Jornal o Hoje