Goiânia é 2º polo regional de aviação

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Mariza Santana

Goiânia é hoje o segundo polo regional aeronáutico do País e atende o Centro-Oeste com inúmeras empresas de aviação e um leque de serviços oferecidos neste setor. O primeiro lugar fica com São Paulo, que abrange a região Sudeste.

A capital goiana tem ainda reconhecido potencial na formação de recursos humanos, nas diversas atividades aeronáuticas. Segundo a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a cidade funciona como aglutinadora de interesses da região, principalmente de Brasília, Cuiabá e Campo Grande.

Conforme levantamento realizado pela entidade, o Aeroporto Santa Genoveva recebeu, somente no ano passado, um total de 39 mil voos relacionados à aviação geral, o que resultou em uma média de 800 por semana. A maioria dos movimentos foi feita por aeronaves particulares, de instrução e de táxi aéreo. Graças também à aviação geral, em 2010, Goiânia esteve interligada a 600 aeródromos espalhados por todo o País.

Vice-presidente da Abag, Ricardo Nogueira informa que a capital goiana tem entre 22 e 24 empresas que comercializam algum tipo de produto ou prestam certos serviços na área aeronáutica. “É um segmento bem dinâmico”, destaca ele. Por isso, esta posição de polo regional do setor, ao interligar toda a Região Centro-Oeste.

Localização
Uma das empresas que atuam na área de aviação geral em Goiânia é a Voar Aviação, que desde 1986 trabalha com aeronaves executivas, de táxi aéreo e agrícolas, além da compra e venda de aeronaves e peças, e em serviços de manutenção. Para a sócia-diretora da empresa, Alessandra Abrão, a capital goiana tem o status de segundo polo regional aeronáutico do País devido a sua localização estratégica, no Centro do Brasil, o que a torna “hub” (ponto de interligação) para voos de vários destinos.

Esta situação de Goiânia vem se consolidando desde os anos 1950-1960, quando a cidade era a fronteira para o Norte do País, observa Alessandra. Hoje, com a valorização da logística no processo de distribuição de mercadorias, a cidade se tornou referência.

A empresária acredita que a grande concentração de empresas prestadoras de serviços e de manutenção no segmento aeronáutico é uma consequência desta localização privilegiada. Agora, com o anúncio da instalação de duas indústrias do setor em Anápolis – a holandesa Rekkof e a norte-ame­ricana Trush –, este mercado tende a crescer ainda mais, acredita.

Fonte: Jornal o Hoje