Safra goiana deve passar de 11,3 mi de toneladas

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Mariza Santana

Na safra agrícola 2011/ 2012, levando em consideração apenas as cinco principais culturas do Estado – algodão, arroz, feijão, milho e soja –, Goiás deve ter uma área plantada de 3,127 milhões de hectares e uma produção de 11,395 milhões de toneladas. Os números são da pesquisa Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O gerente da pesquisa do IBGE, Mauro Andreazzi, destaca que esse é o primeiro prognóstico da próxima safra agrícola, baseado em um levantamento de campo realizado na primeira quinzena de outubro. “Ainda é muito cedo, pois o forte do plantio da safra de verão acontece em novembro”, afirma. A parte relacionada com a segunda safra (culturas de inverno) é calculada com base na média dos últimos anos, explica. Esse primeiro prognóstico aponta que o Brasil terá uma produção de 157,5 milhões de toneladas, total 1,4% inferior à de 2011.

O supervisor estadual de Pesquisas Agropecuárias do IBGE em Goiás, Tiago Stival Gomide, reforça que o primeiro prognóstico é bem prematuro e levanta a intenção de plantio do produtor, o sentimento que ele tem naquele momento. Mas a pesquisa já aponta algumas tendências para a próxima safra agrícola. Um dos destaques no Estado é o milho da 1ª safra. Nos dois últimos anos (2010 e 2011), a produção do milho diminuiu. Mas agora a perspectiva é de crescimento de 7,8% na área plantada. “A expectativa é boa porque os estoques estão baixos e o mercado se mostra aberto para as exportações”, avalia.

Milho e algodão
Tiago acrescenta que, na última reunião mensal do Grupo Coordenador de Estatística Agropecuária (Gecea), foi divulgado que na cultura do milho foram fechados 40% dos contratos de venda antecipados, demonstrando que atualmente há liquidez na comercialização desse grão. O Gecea se reúne mensalmente para discutir as perspectivas para o setor agropecuário e é composto por representantes da Federação da Agricultura (Conab), IBGE, Embrapa e Secretaria Estadual de Agricultura (Seagro).

Já o algodão deve registrar redução de 9,7% na área plantada na próxima safra, devido a uma expectativa do mercado. Na última safra, a produtividade foi ruim e a produção caiu. A intenção de queda não foi maior porque o algodão tem contratos bianuais de venda, diferente de outros produtos agrícolas. Mas o técnico do IBGE lembra que o prognóstico do algodão é o mais prematuro. A situação pode mudar nos próximos levantamentos, pois seu calendário de plantio é mais extenso.

Fonte: Jornal o Hoje