Usuário vai cobrar mais qualidade no Eixão

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Para Carlos Maranhão, a implantação do VLT fará uma atualização qualitativa da tecnologia do sistema de transporte. Os usuários, em sua lógica, irão cobrar o mesmo serviço disponibilizado pelo VLT para os demais componentes da rede. É bom para o usuário de todo o sistema. O alto custo do VLT se deve ao volume de obras estruturantes necessárias a sua implantação.

Atualmente, os veículos do Eixo Anhanguera têm a sua frente 51 paradas semafóricas e uma velocidade média de 17 km/h. Com a implantação do metrô, não haverá mais interrupções, além das paradas nas 19 estações e cinco terminais, e a velocidade média deve ser elevada para 30 km/h. Além dos recursos, das obras (passagens de nível nos cruzamentos), outro fator emperrante no tempo de execução do projeto são os trens, que devem custar cerca de R$ 144 milhões. Eles precisam ser encomendados, pois serão feitos sob medida aos padrões brasileiros. Com tecnologia baseada na eletricidade, o combustível a ser usado, se necessário, será o biodiesel.

Enquanto o VLT não se torna realidade, a Metrobus deverá investir, até dezembro de 2012, R$ 102 milhões. Além dos novos veículos, a estatal está direcionando R$ 7 milhões às reformas dos cinco terminais, que devem estar concluídas até o final deste ano. Para a melhoria e extensão da pista do Eixão, a empresa reservou R$ 3 milhões. A extensão terá início apenas no segundo semestre de 2012, quando a porção oeste do traçado será bifurcada e ampliada – direção Trindade: até o conjunto Vera Cruz I; direção noroeste: até a Vila Mutirão. Vale salientar que o VLT ligaria os terminais Padre Pelágio e Novo Mundo.

“Não estamos investindo, pensando em desperdício. Ao contrário, a tendência é de que o volume de usuário seja ampliado em até duas vezes”, diz o presidente da Metrobus. O tempo de permanência nas plataformas permaneceria em cerca de quatro minutos, como é atualmente. A diferença é que a viagem por este tipo de veículo é mais regular, porque ela não vai ter as interrupções atuais, por ter um corredor exclusivo. O único senão em todo o projeto do VLT, no entender do professor Benjamim Jorge, é quanto à fiscalização. Para o professor da PUC/GO, o sistema de transporte público deveria ser aferido pela Agência Goiana de Regulação (AGR) e não pela RMTC.

Fonte: O Hoje