Goiás é 6º do País em geração de empregos
Enquanto no País a criação de empregos com carteira assinada recuou 13,4% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2010, em Goiás, foi registrada elevação de 7,7%. Em todo o Brasil, de janeiro a junho, foi gerado 1,4 milhão de vagas formais. Já no Estado, foram 75.604 postos de trabalho, o que garantiu o sexto lugar no ranking nacional (veja quadro). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Conforme a pesquisa, o setor que mais criou empregos em Goiás no semestre foi a indústria de transformação, com 22.927 vagas. Os destaques ficaram com os segmentos químico-farmacêutico e de alimentos e bebidas. Segundo o economista da Federação das Indústrias (Fieg), Cláudio Henrique de Oliveira, a indústria alimentícia tem forte peso na economia goiana e é grande geradora de empregos. Já a químico-farmacêutica, impulsionada principalmente pelo polo de medicamentos, reforçou seus investimentos devido ao real valorizado, que torna os insumos importados mais baratos, com reflexos na produção e contratação de mão de obra.
O setor de serviços gerou 19.768 vagas, com os melhores desempenhos nos segmentos de comércio e administração de imóveis e de serviços de alojamento e alimentação.
O Restaurante Madero contratou 12 funcionários no primeiro semestre, segundo o gerente Irineu Carneiro Júnior. Do total, foram oito vagas para garçon, auxiliares de limpeza e de cozinha. “Ampliamos nosso quadro de pessoal porque o movimento crescente de clientes tornou necessário maior número de trabalhadores para evitar que a qualidade de nossos serviços caísse”, conta Irineu.
Ainda no primeiro semestre, a agropecuária criou 14.201 empregos formais; a construção civil contratou 10.467 pessoas; e o comércio, 7.600.
Desempenho de junho
No mês de junho, segundo o Caged, foram gerados em Goiás 8.411 empregos com carteira assinada – alta de 4,18% sobre igual mês de 2010 (8.073). Foi o segundo melhor desempenho da série histórica desta pesquisa para o período, sendo superado apenas pelo desempenho de junho de 2008 (11.879 vagas).
O destaque de junho ficou com a construção civil, que teve saldo de 2.670 postos de trabalho. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado (Sinduscon-GO), Justo Cordeiro, enfatiza que a atividade é sazonal e contrata mais no período da estiagem, por causa das obras de infraestrutura e de estruturas de prédio. De acordo com ele, as admissões se acentuam a partir de maio e seguem neste ritmo até outubro e novembro.
Além disso, o presidente do Sinduscon-GO ressalta que a construção vive um bom momento em Goiás e está necessitando de mão de obra qualificada. “Se tivéssemos maior disponibilidade de trabalhadores qualificados, maior seria o número de contratações do setor”, garante.
Para o economista Aurélio Troncoso, Goiás teve bom desempenho na empregabilidade por causa de uma construção civil forte, de uma indústria alimentícia ativa voltada para o mercado regional e do setor de serviços, que já responde por cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
Fonte: Jornal o Hoje