46,1% das empresas contrataram em Goiânia
O mercado de trabalho em Goiânia está aquecido. Foi o que constatou o Indicador de Empregabilidade na capital, realizado pelo Centro de Pesquisas Econômicas da Faculdade Alves Faria (Cepem/Alfa). Os resultados apontam que 46,1% das empresas entrevistadas aumentaram o número de contratações no primeiro semestre deste ano, contra 37% em igual período de 2010.
Além disso, 71,4% dos empresários ouvidos afirmaram não terem demitido, nos seis primeiros meses de 2011, enquanto 56,4% não dispensaram trabalhadores na mesma comparação do ano passado.
Na pesquisa, foram entrevistados os responsáveis por 538 empresas de Goiânia, entre os dias 13 e 20 de junho. Para o coordenador do trabalho, professor e economista Aurélio Troncoso, a combinação de empresas que contrataram com aquelas que não demitiram mostra uma situação de boa empregabilidade na capital. “Os empresários estão percebendo que, ao invés de cortar custos com dispensa de trabalhadores, é preferível planejar os custos e buscar o aumento da produtividade”, avaliou.
Outro ponto apurado pela pesquisa foi o crescimento do percentual de empresas que possuem programa de treinamento de pessoal: de 28,6% no primeiro semestre de 2010, para 43,3% em igual período do ano passado. Esta tendência pode ser explicada pelo aumento da necessidade de mão de obra especializada, apontada por 55% dos empresários entrevistados no ano passado, e agora por 66,7%.
“As empresas goianienses estão entrando na era da mão de obra especializada, pois já se percebeu que funcionário bem qualificado rende mais, dá mais lucro”, disse Troncoso.
Conforme a pesquisa Cepem/Alfa, o segmento que mais se destacou na elevação das contratações no primeiro semestre deste ano foi o varejo. A loja Andarella, do Goiânia Shopping, é um exemplo.
Admissão
A gerente Lizandra Aparecida Coelho dos Santos foi contratada em janeiro deste ano. Desde abril, o estabelecimento admitiu oito novos funcionários, sendo cinco vendedores, um caixa e dois esto- quistas. “Decidimos reforçar o quadro de pessoal, diante da expectativa de incremento nas vendas, que se confirmou, principalmente no período do Dia das Mães”, disse a gerente.
A pesquisa ainda registrou alta nas admissões nos segmentos de prestação de serviços e agronegócio, enquanto atacado e indústria tiveram queda. Para Troncoso, é grande a rotatividade de mão de obra na indústria de Goiânia, cuja maior participação é do ramo de alimentos e bebidas.
O que preocupa o economista é a redução nas contratações do atacado, segmento que é uma espécie de termômetro da circulação de mercadorias e pode apontar para futuro desaquecimento da ati- vidade econômica.
Fonte: Jornal o Hoje