Enfim, obras do Centro de Excelência Esportiva de Goiás serão retomadas
Depois de um ano e nove meses paradas, as obras do Centro de Excelência Esportiva de Goiás devem continuar. Alvo de disputa na Justiça comum entre o governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) , e da Eletroenge Engenharia e Construções , a construção do complexo esportivo no Centro de Goiânia está paralisada desde outubro de 2009 (veja arte) .
Ontem à tarde, a Agetop conseguiu derrubar a liminar que garantia à empreiteira dar continuidade à obra, além de permitir que ela mantenha seus equipamentos no canteiro de obras. Com a decisão, concedida pelo desembargador Vítor Barbosa Lenza, presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, a Agetop começa a fazer pequenas intervenções no local, como a instalação de um centro de gás para abastecimento e permeabilização dos reservatórios .
Devido ao longo período sem trabalho na obra, alguns pontos do projeto ficaram defasados e passarão por uma análise. O responsável pelo novo planejamento é Luiz Fernando Cruvinel, o Xibiu , que tem 30 dias para entregar a reformulação.
A expectativa é de que em setembro a 2ª fase do Centro Excelência, a construção do laboratório, seja retomada já com os R$ 10 milhões do governo federal que estão depositados na Caixa Econômica Federal. Isso, depois de uma nova licitação. "Com R$ 1 milhão, a contrapartida do Estado, vamos fazer o trabalho nesse período", afirmou o presidente da Agetop, Jayme Rincon.
O engenheiro civil Lamartine Reginaldo é quem chefia as obras do Centro de Excelência e acredita que, definida a empresa que conduzirá o projeto (após nova licitação), o laboratório pode ser finalizado em 2013, até porque existem outros projetos na pauta.
O presidente da Agência Goiana de Esporte e Lazer (Agel), José Roberto de Athayde Filho, se encontrou ontem em Itumbiara com o ministro dos esportes, Orlando Silva, que garantiu a liberação dos recursos para a conclusão das obras. Além do laboratório, o Centro de Excelência, cuja construção começou em 2001 com a reforma do Ginásio Rio Vermelho, contempla um novo Parque Aquático e a reconstrução do Estádio Olímpico.
No ano passado, o Ministério autorizou R$ 5 milhões para a obra, porém, o recurso não foi liberado, segundo a Agetop , porque o governo estadual anterior não assinou o convênio. O recurso seria usado no Parque Aquático.
Antes de dar sequência ao restante da obra com recursos próprios, a Agetop precisa aguardar a saída dos equipamento da Eletroenge. Segunda-feira, a empresa será notificado e terá 48 horas para retirar todos os aparelhos e instalações. Caso contrário, segundo Jayme Rincon , o material será recolhido e guardado.
Ontem à tarde, a reportagem do POPULAR entrou em contato, por telefone, com a assessoria jurídica da Eletroenge, que desconhecia a decisão da Justiça. Prometeu falar mais tarde, porém, não atendeu mais o telefone.
Fonte: Jornal o Popular