Marconi garante a viabilidade da Celg

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Marina Dutra

O governador Marconi Perillo (PSDB) disse ontem que não acredita que a Celg corra o risco de perder a concessão por conta do procedimento retomado no mês passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que analisará a possível abertura de processo de caducidade (extinção da concessão). Antes de anunciar investimentos de mais de R$ 1 bilhão em saneamento em 36 municípios goianos, Marconi se reuniu com o presidente da estatal, o vice-governador José Eliton (DEM), e diretores para divulgar dados comparativos do 1° semestre de 2010 a 2011 do desempenho da empresa.

O balanço foi divulgado uma semana após o governador ter cobrado boa vontade “efetiva” do governo federal para resolver o problema da Celg. Os dados mostram que no comparativo do 1° semestre de 2010/2011, a Celg teve aumento de R$ 60 milhões de receita arrecadada e uma economia de R$ 117,9 milhões de empréstimos contraídos em bancos. Mesmo sem o reajuste da tarifa, a estatal conseguiu pagar R$ 201 milhões aos fornecedores. “Se a inadimplência em janeiro de 2011 era de até 300 dias, em junho, fechamos com até 24 dias”, explicou José Eliton.

O balanço também revelou que a estatal conseguiu reduzir as despesas em R$ 33 milhões e recuperou mais de R$ 83 milhões de receita por meio de órgãos públicos inadimplentes e empresas com débito. Diante dos números, Marconi afirmou que não vê motivo para que a Aneel decida pela caducidade da empresa. “Não vejo motivo, porque o trabalho está sendo feito. Se isso vier acontecer, só se for por questões políticas, do contrário não há nenhuma razão. Os números que temos demonstram absoluta responsabilidade de gestão da Celg.”

Marconi reforçou novamente que tem sido muito bem recebido pelos ministros e que está confiante que o governo federal resolverá a questão de forma republicana. “Nós estamos tratando o assunto de forma republicana, sem nenhum tipo de viés político. E temos percebido essa conduta por parte da maioria dos ministros. Temos feito nosso dever de casa e estamos confiantes.”

Apesar de esperar uma resposta da Eletrobrás, o governador informou que o governo está em busca de alternativas, por meio de parcerias com outras empresas públicas e privadas.

Na solenidade que marcou investimentos de R$ 1 bilhão em saneamento em 36 cidades goianas, o vice-governador frisou que espera do governo federal tratamento respeitoso para solucionar a crise da Celg. “Se tivermos esse tratamento respeitoso, nós tornaremos a estatal uma das maiores empresas brasileiras. Queremos tratar os interesses de Goiás de forma técnica, sem politização.”
Enquanto o problema continua pendente, a Celg está providenciando os documentos solicitados pela Aneel no mês passado. No documento, a agência determina prazo de 30 dias para apresentação de defesa e de plano de ações que estabeleça “180 dias para correção definitiva das falhas e transgressões à legislação”.

Fonte: Jornal o Hoje