Estátua de João Paulo II abençoa Goiás

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Angélica Queiroz

Uma riqueza de detalhes marca a estátua esculpida em resina que retrata o Papa João Paulo II em 1991 – na época com 71 anos – quando esteve em Goiânia. Encomendada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) e esculpida em Roma especialmente para compor o Memorial do papa, a imagem tem dois metros de altura e pesa cerca de 50 quilos. O arcebispo metropolitano Dom Washington Cruz abençoou a estátua que começou ontem sua peregrinação por 80 paróquias de Goiânia e de mais 15 municípios do Estado, até dia 15 de outubro, quando será inaugurado o memorial em homenagem ao Papa.

A peregrinação faz parte da programação preparatória para a inauguração do Memorial João Paulo II, que será localizado ao lado do lago no Campus II da PUC Goiás, no Jardim Mariliza. O memorial, construído em parceria com o governo do Estado, abrigará, além da estátua, relíquias (solidéu e cruz peitoral) deixadas pelo João de Deus – como era conhecido o Papa – e o altar que o recebeu em sua visita à Goiânia, há 20 anos. O altar estava, até então, no estacionamento do Estádio Serra Dourada e já foi transferido para o local onde está sendo totalmente restaurado. O reitor da PUC Goiás, Wolmir Therezio Amado, diz que o memorial integra a tradição histórica das universidades e é a concretização de uma ideia que surgiu no ano passado, quando começou o processo de beatificação do Papa. “Esse será mais um símbolo religioso para o povo goiano”, ressalta.

A imagem será conduzida pelo “papa móvel” desde o percurso que fará às paróquias até o dia em que será levada ao Memorial João Paulo II. O veículo veio de Brasília especialmente para transportar a estátua e é um dos últimos modelos abertos utilizados pelo papa, que passou a andar apenas em carros fechados e blindados, após ter sofrido um atentado de 1981, quando foi atingido por três tiros na Praça São Pedro no Vaticano.

Homenagem
Dom Washington Cruz explicou que essa peregrinação foi preparada para comemorar os 20 anos da passagem do de João Paulo II pela capital e diz que espera que a construção do memorial em homenagem a ele contribua para que a devoção pelo Papa cresça e também para despertar vocações, sobretudo para o sacerdócio, entre os goianos. Ele, que se encontrou com João Paulo II algumas vezes, falou sobre o exemplo que o Papa foi para a Igreja Católica. “Ele foi uma figura extraordinária que visitou mais de 20 países e sabia falar com as multidões”, relata Wolmir. Para Dom Washington, João Paulo II atendeu às necessidades do mundo moderno ao entender que um papa precisa ir ao encontro do povo e esse é mais um grande motivo para que ele receba essa homenagem.

Fonte: Jornal o Hoje