Córrego sofre com lixo da construção civil

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Lyniker Passos

Uma indústria de vigotas localizada às margens do córrego Taquaral, na região oeste de Goiânia, deposita de forma incorreta os resíduos sólidos de sua produção. O material de concreto é compactado a poucos metros da margem do córrego, o que pode provocar assoreamento e danos ambientais. De acordo com a norma de Classificação de Resíduos Sólidos (NBR 1.004), o lixo advindo da construção civil é responsável por graves efeitos nocivos para o meio ambiente, uma vez que contribui para escassez de recursos naturais, e por isso não deve ser depositado livremente no meio ambiente.

A fiscalização para esse tipo de crime ambiental é feita pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) e Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). Diretora de gestão ambiental da Amma, Celma Alves dos Anjos informou que o monitoramento de irregularidades da construção civil é feito em parceria com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). “Os entulhos jogados em áreas próximas a rios e córregos impedem o escoamento e consequentemente prejudicam as encostas dos rios.”

Qualquer estabelecimento de produção ou revenda para construção civil deve estabelecer licenciamento junto aos órgãos. As empresas devem apresentar plano de gerenciamento de resíduos, que incluiu ações para reduzir a produção de lixo, reciclagem e destinação correta. O Ministério do Meio Ambiente determina a criação de aterros específicos para entulho de obras, determinação está que ainda não é cumprida. Se constatado irregularidades em indústrias ou empresas, a Amma e a Semarh, disponibilizam, dependendo da gravidade, prazo para adequação. Caso as adequações não sejam feitas pode haver aplicação de multa de até R$ 20 mil.

Tanto a Semarh quanto a Amma alegam obstáculos para a fiscalização e por isso contam com o apoio da população para as denúncias. As ocorrências podem ser registradas pelo telefone verde 161 ou pelo 0800 6462 112. A Semarh afirmou que vai fiscalizar a possível irregularidade na indústria de vigotas. Por telefone, a reportagem entrou em contato com a indústria que alegou não estar depositando o lixo de forma incorreta.

Fonte: Jornal o Hoje