Reunião discute a criação do Parque João Leite

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Com o objetivo de discutir as parcerias e medidas necessárias para efetivar a criação do Parque João Leite, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Leonardo Vilela, e cinco prefeitos e autoridades se reúnem neste momento. O encontro está acontecendo no gabinete da Semarh, no 1º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia. O anúncio da criação do Parque foi feito na última quinta-feira, dia 18, com a presença do governador em exercício, José Eliton.

O secretário Leonardo Vilela explica que este novo espaço terá uma área de dois mil hectares e uma faixa de aproximadamente 200 metros ao redor do lago. O objetivo é que este novo parque proteja o reservatório João Leite. “Esse reservatório é extremamente importante. Daqui algum tempo vai fornecer água para dois milhões de goianos, e daqui a 30 anos, talvez, para quatro a cinco milhões de goianos. Ele precisa ser preservado em relação à quantidade, disponibilidade de água e também a qualidade dessa água”.

O secretário explica que todo parque tem uma zona de amortecimento, onde são restringidas várias atividades econômicas que têm potencial poluidor. “Queremos iniciar a discussão para estabelecer qual o tamanho dessa faixa de amortecimento e quais as restrições nessas zonas. Lembrando que o parque está dentro de uma Área de Preservação Ambiental (APA), e que por si só já é extremamente restritiva às atividades econômicas, industriais, comerciais, inclusive imobiliárias.”.

A equipe técnica da Semarh já está avaliando duas áreas que estão bem preservadas com vegetação natural, para a possibilidade de desapropriação para a incorporação desse parque. Os recursos para a criação do parque e desapropriações virão da compensação ambiental de grandes empreendimentos industriais, minerais e agropecuários. O secretário ainda informa que tem por objetivo fazer um projeto de recuperação de toda vegetação. “Grande parte dessa área em que vai ser criado esse parque já foi desmatada. Nosso objetivo é reflorestar com espécies nativas do cerrado”.

Após discussões, a criação da lei e o envio à Assembleia e aprovação desta, vai começar a construção do parque. Segundo o secretário o trabalho da Semarh vai continuar depois do parque pronto com a ação de conscientizar a população para a preservação daquela área. "Água de boa qualidade é tudo que nós queremos e é muito fácil nós tomarmos essas atitudes de protegermos esse manancial, onde tem um bom grau de preservação para que no futuro tenhamos água com disponibilidade e qualidade. Eu considero talvez a decisão mais importante que já tomei até agora na Secretaria de Meio Ambiente", conclui.

Fonte: Goiás Agora