É preciso melhorar a infraestrutura e a operação do sistema de transporte metropolitano
Na entrevista, o presidente da CMTC afirmou que "é praticamente impossível hoje, na região metropolitana de Goiânia, garantir que os intervalos previstos sejam rigorosamente cumpridos". Grafite também destacou que os problemas do transporte coletivo são estruturais, que não adianta colocar mais ônibus em circulação e aposta nos corredores exclusivos para otimizar a circulação dos veículos.
Especialista em trânsito e transporte, a arquiteta e urbanista Fernanda Mendonça afirma que é necessário investir em infraestrutura que priorize o transporte coletivo como principal meio de locomoção da comunidade. Isso, diz, não significa criar viadutos, que se destinam as carros, mas garantir corredores exclusivos e semiexclusivos. "A malha de atendimento do transporte é muito boa, mas a qualidade do serviço depende de priorizar o transporte. Depois que retiraram os estacionamentos das Avenidas T-7 e T-9, por exemplo, não houve nenhum investimento", cita.
Fernanda frisa que é preciso sinalizar os corredores semiexclusivos e trabalhar a população para que entenda que o transporte coletivo é prioridade, porque ao invés de carregar uma pessoa, o ônibus leva 80, 90 pessoas.
Operação
Engenheiro civil, mestre em transportes, Renato Mundim acrescenta que não basta melhorar a infraestrutura, se não houver investimento na operação do sistema. "A cidade nunca terá corredores exclusivos em todos os pontos. Isso pode ocorrer nos principais eixos, mas no restante o trânsito é compartilhado."
Por isso, acrescenta Mundim, é preciso melhorar a operação do sistema e garantir recursos para evitar atrasos e superlotação, como lançar mão de veículos da frota reserva, nos casos em que houver atrasos. "Os veículos possuem GPS, é possível verificar os atrasos e dispor de mais ônibus, caso necessário, para evitar os atrasos", afirma.
Fonte: O Popular