Rodovias ruins exigem atenção do motorista
Polícia Rodoviária cita 34 pontos que figuram entre ruim e péssimo na classificação geral de condições.
Antes de pegar a estrada para viajar neste final de ano, é bom se informar sobre a situação das rodovias estaduais, quais trechos estão em piores condições e se existem rotas alternativas. Levantamento da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) cita 34 pontos, ao longo dos 19.434,6 quilômetros de GOs, que apresentam condições entre ruim e péssimo. Eles estão espalhados por todas as regiões do Estado e os motivos principais são a elevada quantidade de buracos, asfaltos se desintegrando e, até mesmo, a ausência de pavimentação.
Dos 34 trechos, seis estão em péssimas condições. São eles: na GO-239, até Mara Rosa; na GO-244, entre Novo Planalto e Porangatu; na GO-237, entre Uruaçu e Niquelândia; na GO-164, entre Santa Helena e Quirinópolis; na GO-206, entre Cachoeira Alta e Inaciolândia, e na GO-040, no perímetro urbano de Goiânia, onde está tendo obras, próximo ao Setor Madre Germana. Os outros 28 trechos apresentam situação considerada ruim.
Alguns deles possuem rota alternativa, mas a maioria vai exigir paciência e prudência do condutor, pois não resta saída, a não ser enfrentar o desconforto da buraqueira para chegar ao destino desejado. E, nesta época, coincide a ocorrência de dois fatores que elevam o risco nas rodovias. Além do aumento do movimento, da quantidade de veículos e tráfego intensificado, é o início também do período chuvoso, o que contribui para a diminuição da visibilidade e aderência do pneu no asfalto.
Quando o assunto é acidente, e acidente grave, as estatísticas comprovam quea preocupação maior não se refere às estradas em péssimas condições, mas, sim, as que estão boas. Com asfalto bom, os motoristas se sentem à vontade para acelerar e fazer ultrapassagens, que são os dois principais fatores responsáveis pela recorrência de acidentes. No entanto, a atenção não deixa de ser necessária em rodovias esburacadas. O consequente trânsito mais lento não imuniza o motorista até mesmo de prejuízos materiais.
O comandante do 1° Batalhão Rodoviário, major Alberto Lacerda de Faria, afirma que o importante mesmo é refletir sobre o modo como se dirige e sobre as condições do veículo. O major alerta, ainda, apesar de atuar apenas no entorno de Goiânia, para os perigos acentuados nas rotas das cidades turísticas.
Região oeste, entre Jandaia e Indiara, possui piores trechos
A Polícia Rodoviária Estadual coloca quatro trechos de rodovia do entorno de Goiânia no levantamento. Além da situação péssima na GO-040, citada anteriormente, na mesma rodovia têm ainda o trecho entre Cromínia e Mairipotaba e, na GO-060, existem os pontos entre Goiânia e Trindade, que deve passar por manutenção nas próximas semanas, e entre Santa Bárbara e Claudinápolis. A relação não cita, mas outro trecho crítico, com saída da capital, está na GO-010, com destino a Bonfinópolis. A reportagem de O HOJE esteve no local ontem e confirmou a situação.
A região do Estado com maior quantidade de trechos em condições precárias é a oeste. Ao todo, são 24. Com destaque para a GO-320, que possuem quatro pontos em situação ruim, na região. Entre Jandaia e Indiara, os buracos tomaram conta da pista nos dois sentidos. Têm ainda os trechos entre Edeia e Indiara e entre Jandaia e Paraúna. O Rodovida, programa do governo estadual de reestruturação da malha viária, está em fase de conclusão de alguns trechos, inclusive já sendo inaugurados, e início da restauração de outros.
Monitoramento
A Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) lembra que o monitoramento eletrônico para controle de velocidade e identificação de outras infrações continua em funcionamento nas rodovias estaduais. São 165 equipamentos espalhados, sendo 63 barreiras eletrônicas, 52 radares fixos e 50 radares estáticos. Estes ficam, hoje, localizados em 27 trechos de rodovias, escalados em sistema de rodízio. A previsão para até o final deste ano é que outros dez novos trechos passem a ser selecionados, como o km 24,5, da GO-070, entre Goianira e Inhumas.
Fonte: Jornal O Hoje