Dez municípios detêm mais de 60% do PIB de Goiás

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Os dez municípios goianos mais ricos detiveram 60,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás em 2010. É o que aponta o estudo Produto Interno Bruto dos Municípios Goianos do período, dados consolidados, realizado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) em parceria com o IBGE. Os números foram apresentados na manhã desta quarta-feira.

O PIB dos munícipios, que é realizado anualmente, avalia a riqueza gerada nos 246 municípios, identificando seus perfis produtivos, assim como a produção de cada um. Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Catalão, Senador Canedo, Itumbiara, Jataí, Luziânia e São Simão, juntos, somaram um PIB de R$ 58,835 bilhões. O equivalente a 60,3% do PIB total de Goiás no período, que foi de R$ 97,575 bilhões. Em 2009, a participação do grupo dos dez municípios mais ricos no PIB estadual foi de 60,8%. Para conferir o PIB de cada município, basta acessar o site da Segplan.

No que se refere à classificação, no grupo dos dez municípios goianos mais ricos, Jataí trocou de posição com Luziânia, saindo da 9ª posição em 2009 para o 8º lugar em 2010. Entre os dez maiores do PIB municipal de Goiás, somente dois municípios (Anápolis e Goiânia) registraram ganho na participação no PIB estadual, na comparação de 2010 com 2009.

Anápolis saiu de 9,5% para 10,3% de um ano para o outro. Segundo a chefe de gabinete de Gestão do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, Líllian Maria da Silva Prado, esse aumento deve-se ao setor de medicamentos e à indústria de automóveis. Em Goiânia, que permaneceu na primeira posição, a participação apresentou ligeiro crescimento de 25% para 25,1% no período, puxado pela indústria, onde se destacaram a construção civil e a indústria de transformação. Líllian ressalta que a economia continua concentrada em poucos municípios e deve-se realizar um trabalho de políticas públicas, chamando a atração de empresas para esses municípios, como os do Noroeste e Nordeste, que têm respectivamente 1,7% e 1,4% de participação na economia.

O chefe do gabinete adjunto de Planejamento da Segplan e coordenador do IMB, Júlio Paschoal, afirma que Goiás precisa manter as políticas públicas de subsídios nos campos financeiro ou fiscal. “A partir daí olhar as regiões, dentro de um diagnóstico já levantando por nós, e em parceria com os municípios, levar investimentos que não só valorizem o potencial econômico, mas que criem condições de amarração com os municípios polos. Assim, puxa riqueza dos municípios mais ricos e interagem os municípios menos ricos a esse processo de desenvolvimento. Sem que se tire dos grandes municípios, você gera mais riquezas nos municípios considerados menos dinâmicos e consegue reduzir essas diferenças”, conclui.

PIB per capita

Em 2010, Alto Horizonte seguiu ocupando, pelo terceiro ano consecutivo, a primeira posição no PIB per capita em termos estaduais, com valor de R$ 167.434,56, o que representou crescimento nominal de 38,2% sobre 2009. O PIB per capita corresponde à divisão do PIB pela população residente. Em 2010, o PIB per capita de Goiás ficou em R$ 16.251,70. Alto Horizonte se destacou por sediar uma indústria de extração e beneficiamento de sulfeto de cobre, cuja produção é destinada à exportação. No ranking do PIB per capita municipal, o segundo lugar é de Chapadão do Céu e São Simão fica na terceira colocação. Perolândia está em quarto lugar, vindo em seguida Cachoeira Dourada, Catalão, Porteirão, Turvelândia, Ouvidor e Senador Canedo.

PIB Agropecuário

O município de Cristalina foi o primeiro no ranking estadual do PIB Agropecuário, com 5,2% do Valor Adicionado (VA), sendo que a atividade primária representou 58,6% da estrutura produtiva do município. No ranking estadual agropecuário de 2010, Rio Verde ficou com a segunda colocação, seguido de Jataí, Chapadão do Céu, Ipameri, Mineiros, Luziânia, Morrinhos, Quirinópolis e Montividiu.
Cristalina liderou também o ranking com o maior valor adicionado na agropecuária brasileira, com R$ 624,132 milhões, seguido por Rio Verde, na quinta posição, Jataí que ficou com o sexto lugar, Chapadão com a nona colocação e Ipameri com a décima posição. Dos dez maiores municípios com PIB agropecuário do País, cinco são goianos no ano de 2010.

No PIB da Indústria, o IMB/Segplan não verificou alterações em 2010, sobre 2009, entre os dez municípios que obtiveram as melhores classificações. O ganho mais significativo ocorreu no município de Minaçu, que saltou de décimo para o sétimo lugar de um ano para o outro. Também Alto Horizonte subiu uma posição e passou a integrar o grupo dos dez maiores do ranking da indústria goiana. Goiânia segue liderando, com 16,3% no Valor Adicionado (VA) industrial do Estado, devido ao setor da construção civil, seguido pela indústria de transformação e pelos serviços industriais e de utilidade pública, principalmente distribuição de energia elétrica.

No PIB Serviços, a relação dos dez maiores municípios goianos permaneceu inalterada em 2010, quando se compara com 2009, de acordo com o IMB/Segplan. Goiânia segue na primeira colocação, participando com 33,5% do Valor Adicionado (VA) estadual no período. O grande peso do setor de prestação de serviços se deve ao fato da capital registrar a maior população do Estado, o que demanda grande aparato de serviços, como também por abrigar órgãos públicos federais e estaduais.

Os destaques do PIB Serviços 2010 de Goiânia ficaram com comércio, administração pública, aluguéis e intermediação financeira. Anápolis ficou em segundo lugar no PIB Serviços, seguido de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Rio Verde, Catalão, Itumbiara, Luziânia, Jataí e Valparaíso. O estudo completo você encontra no site da Segplan.

Do Goiás Agora. (Portal 730)

Cidades mais ricas perdem participação no PIB goiano

Desempenho dos municípios do Estado continua em trajetória ascendente.

O Produto Interno Bruto (PIB) goiano atingiu R$ 97,575 bilhões em 2010, com destaque para o setor de serviços, responsável por mais de 50% do valor de todos os bens e serviços produzidos naquele ano. O cálculo mostra que há uma descentralização das riquezas produzidas no Estado. Enquanto cidades como Rio Verde perdem espaço, com queda de R$ 100 milhões no PIB, municípios como Alto Horizonte ganham espaço, com crescimento de 83,5% de um ano para o outro.

Os dez municípios goianos mais ricos detiveram 60,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás em 2010 ante 60,8% do ano anterior e dos 61% registrados em 2005. Os dados são do estudo Produto Interno Bruto dos Municípios Goianos, realizado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mostram que a economia goiana agregou R$ 11,9 bilhões na passagem de um ano para o outro.

Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Catalão, Senador Canedo, Itumbiara, Jataí, Luziânia e São Simão, juntos, somaram um PIB de R$ 58,835 bilhões. A posição dos municípios ficou praticamente a mesma com apenas uma troca de posições entre Jataí e Luziânia, este perdendo lugar para o primeiro que agora ocupa a oitava posição.

Entre os dez maiores do PIB municipal de Goiás, somente dois municípios (Anápolis e Goiânia) registraram ganho na participação no PIB estadual, na comparação de 2010 com 2009. Anápolis saiu de 9,5% para 10,3% de um ano para o outro. “O crescimento foi devido ao aumento do polo farmoquímico, da produção metal mecânica e do comércio atacadista”, destaca a gerente de gabinete de gestão do IMB, Lilian Maria Silva Prado.

Aparecida de Goiânia vem em seguida, com ligeiro crescimento na participação de 5,2% para 5,3%. Em Goiânia, a participação também ficou praticamente estável, saindo de 25% para 25,05% no período, puxado pela indústria, onde se destacaram a construção civil e a indústria de transformação.

A única perda na participação, entre os dez maiores do PIB goiano, foi Rio Verde, que caiu ao passar de 5% para 4,3% no período, devido ao recuo do valor da produção dos principais produtos do município (soja, milho, sorgo e aves).

Goiânia
No Estado, Goiânia permaneceu na primeira posição em 2010, com PIB de R$ 24,445 bilhões. Com o número, entre as capitais, a cidade ocupa a 12ª posição e a 21ª entre os 100 maiores municípios brasileiros. São Paulo vem à frente com PIB de R$ 443,6 bilhões, o maior entre os 5.565 municípios brasileiros.

Entre as cidades goianas, Anápolis vem em segundo, com R$ 10,059 bilhões, sendo quase R$ 2 bi agregados de um ano para o outro, seguida de Aparecida (R$ 5,148 bilhões), Rio Verde (R$ 4,160 bilhões), Catalão (R$ 3,970 bilhões), Senador Canedo (R$ 3,188 bilhões), Itumbiara (R$ 2,259 bilhões), Jataí (R$ 2,142 bilhões), Luziânia (R$ 2,077 bilhões) e São Simão (R$ 1,382 bilhão).

Do outro lado, Teresina de Goiás (R$ 16,111 milhão), Jesúpolis, (R$ 15,896) e Anhanguera (R$ 10,036) ocupam as últimas posições no ranking do PIB dos municípios do Estado. Novo Gama (R$ 4,5 mil), Santo Antônio do Descoberto (R$ 4,4 mil) e Águas Lindas de Goiás (R$ 4,2 mil) são responsáveis pelos três menores PIBs do Estado.

Alto Horizonte é destaque
No ano de 2010, Alto Horizonte seguiu ocupando, pelo terceiro ano consecutivo, a primeira posição no PIB per capita em termos estaduais, com valor de R$ 167.434,56, o que representou crescimento nominal de 38,2% sobre 2009. O município também detém a maior taxa de crescimento (83,5%) entre as dez maiores taxas nominais registradas em Goiás e se destacou por sediar uma indústria de extração e beneficiamento de sulfeto de cobre, cuja produção é destinada à exportação.

Cavalcante (64,9%), Ipameri (53,7%) e Chapadão do Céu (47,6%) aparecem em seguida, entre os municípios com maior taxa de crescimento nominal de um ano para o outro. Em segundo, surge Chapadão do Céu, com valor de R$ 97.395,72, devido à produção agropecuária e São Simão, na terceira colocação, com valor de R$ 80.892,14, por causa do crescimento na geração de energia elétrica. O PIB per capita corresponde à divisão do PIB pela população residente. Em 2010, o PIB per capita de Goiás ficou em R$ 16.251,70.

Cristalina

Cristalina foi o primeiro no ranking estadual do PIB Agropecuário, com 5,2% do Valor Adicionado (VA), sendo que a atividade primária representou 58,6% da estrutura produtiva do município. Na agricultura, foram destaque o cultivo de café e a produção de trigo, feijão e alho. Também contribuiu para o desempenho de Cristalina a valorização dos preços dos principais produtos cultivados em seu território, como feijão, alho e trigo. A diversificação da produção, altitude, temperatura, excelente qualidade do solo aliados ao sistema de irrigação foram fundamentais para o resultado atingido pelo município.

O prefeito do município, Luiz Attié, destaca o processo de industrialização, iniciado em 2009 e a atração de três novas indústrias de processamento de alimentos.
No ranking estadual agropecuário de 2010, Rio Verde ficou com a segunda colocação, seguido de Jataí, Chapadão do Céu, Ipameri, Mineiros, Luziânia, Morrinhos, Quirinópolis e Montividiu.

Goiânia lidera na indústria
No PIB da Indústria, Goiânia segue liderando, com 16,3% no Valor Adicionado (VA) industrial do Estado, devido ao setor da construção civil, seguido pela indústria de transformação e pelos serviços industriais e de utilidade pública, principalmente distribuição de energia elétrica. O ganho mais significativo ocorreu no município de Minaçu, que saltou de décimo para o sétimo lugar de um ano para o outro. Também Alto Horizonte subiu uma posição e passou a integrar o grupo dos dez maiores do ranking da indústria goiana.

Anápolis ficou em segundo lugar no PIB industrial, onde a indústria participou com 14,8% do VA estadual em 2010. O destaque ficou com a indústria de transformação e da construção civil. O município conta com o Distrito Agroindustrial (Daia), o Porto Seco e o polo farmacêutico, que contribuem para consolidar complexos industriais e produção diversificada do município. Catalão ocupa o terceiro lugar no ranking industrial, seguido de Rio Verde, São Simão, Aparecida de Goiânia, Minaçu, Luziânia, Itumbiara e Alto Horizonte.

Serviços
No PIB Serviços, a relação dos dez maiores municípios goianos permaneceu inalterada em 2010, quando se compara com 2009. Goiânia segue na primeira colocação, participando com 33,5% do Valor Adicionado (VA) estadual no período. O grande peso do setor de prestação de serviços se deve ao fato da capital registrar a maior população do Estado, o que demanda grande aparato de serviços, como também por abrigar órgãos públicos federais e estaduais.

Os destaques do PIB Serviços 2010 de Goiânia ficaram com comércio, administração pública, aluguéis e intermediação financeira. Anápolis ficou em segundo lugar no PIB Serviços, seguido de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Rio Verde, Catalão, Itumbiara, Luziânia, Jataí e Valparaíso.

fonte: Jornal O Hoje