Djalma Araújo critica proposta de mudanças no Plano Diretor de Goiânia

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Adriana Marinelli

Goiânia - Prestes a ser analisada na Câmara Municipal de Goiânia, a proposta de atualização do Plano Diretor da capital voltou a ser criticada pela vereador Djalma Araújo (PT). Em entrevista ao Jornal A Redação, na tarde desta terça-feira (4/12), Djalma falou sobre as possíveis alterações e se manifestou, mais uma vez, contra a ideia da prefeitura. Entre os pontos mais críticos das possíveis mudanças, está a permissão de empreendimentos empresariais ao longo de rodovias estaduais e de eixos urbanos.

A construção do  Shopping Passeio das Águas, na Avenida Perimetral Norte, é, na opinião de Djalma, um erro e um dos pontos mais preocupantes. “O mais impressionante é que está sendo construído em uma área de preservação ambiental. Pedi há mais de um mês a cópia da concessão ambiental e até agora a Agência Municial do Meio Ambiente (Amma), responsável por essa autorização, não me disponibilizou”, diz. “Hoje solicitei novamente a cópia da tramitação do processo. Estou aguardando o retorno”, acrescenta.

Djalma ressalta os danos sofridos pelo Córrego Caveirinha. “O córrego está sendo canalizado e isso é uma grandre agressão ao meio ambiente. E o pior, tudo está sendo feito com autorização dos órgãos responsáveis pela preservação.”

“O Anel Viário, como assim é chamado, para mim é mais uma rua. Não tem capacidade para receber galpões e polo industrial”, escreceu o vereador em seu perfil no microblog twitter. Ao AR, Djalma reforçou dizendo que a via foi “engolida pela cidade.”

Construção de prédios
A possibilidade de se construir grandes prédios comerciais em vias locais, que margeiam os eixos de desenvolvimento da cidade, é outra preocupação do parlamentar. “Ninguém está pensando na mobilidade urbana. Esse plano diretor descarta a cidade sustentável desejada por todos”, comenta, ressaltando que, se houver a alteração, os únicos beneficiados serãos os responsáveis pelo setor imobiliário.

O atual Plano Diretor permite que sejam construídos em vias locais macroempreendimentos comerciais com até 5 mil m². Com as alterações, seriam permitidos projetos com área superior. “A minuta do novo PD da Secretaria de Planejamento do Município, a Seplam, não pensa no impacto que vai causar no trânsito. O povo será o maior prejudicado. Estão dando um cheque em branco para o setor imobiliário, que vai poder construir e destruir o que quiser”, afirma.

Também por meio do Twitter, o petista ressaltou os possíveis danos que serão causados no Goiânia II com a construção de mais prédios. “A prefeitura não pode ser conivente com uma coisa dessas. Acredito que daqui uns anos ninguém mais vai conseguir trafegar com facilidade naquela região.”

Fonte: A Redação