Melhor ano da economia goiana
União do setor produtivo e governo marca melhor ano da economia goiana, afirma presidente da Fieg.
A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) fecha 2012 com impressões positivas do desenvolvimento econômico na unidade da federação. Conforme o presidente da entidade, Pedro Alves de Oliveira, os recordes batidos por Goiás são a perfeita demonstração da boa relação do setor empresarial com o governo e demais setores produtivos.
Os recordes chegam em boa hora para a entidade, que – ao lado do Senai – completa 60 anos de existência.
Pedro Alves diz que existe uma interação proativa entre Fórum Empresarial e os poderes constituídos. “A adoção de políticas públicas também pode ser considerada uma das chaves para o desenvolvimento a passos largos do Estado, além do nosso parque industrial estar se diversificando cada vez mais e ser descentralizado.”
Segundo o gestor da Fieg, em Goiás, o ano de 2012 foi marcado pelo crescimento destacado do setor industrial, que superou os avanços nacionais e apresentou números recordes na balança comercial.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiás apresentou expansão nos nove primeiros me-ses do ano – crescimento de 3,6%, enquanto o País apresentou recuo de 3,5%. “A indústria foi protagonista desse cenário positivo, que vem se consolidando ao longo dos anos”, afirma.
Em recentes balanços, realizados pela reportagem, todas as lideranças econômicas de Goiás têm destacado o desempenho histórico do Estado: 2012 foi o melhor ano da economia goiana.
O fator determinante, para o governador do Estado, Marconi Perillo, por exemplo, é a estabilidade política aliada à grande capacidade competitiva do setor produtivo goiano, que avança no mercado nacional e internacional.
Uma das comparações que mais deixa vaidoso o governador é a de que Goiás tornou-se uma “pequena China”, tamanha as semelhanças entre os orientais e goianos na arte de fazer negócios e produzir.
Em outubro, ao lado do governador goiano, Pedro Alves liderou missão empresarial nos Estados Unidos, onde os empresários de Goiás pretendem atuar de forma mais sistemática. “Os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) – que teve os juros reduzidos em 2012 – também têm feito a diferença. Goiás é o Estado do Centro-Oeste que mais aplicou os recursos e o que teve menor índice de inadimplência das quatro unidades”, explica o presidente da Fieg.
Conforme Pedro Alves, os recursos investidos no setor industrial do Estado foram da ordem de R$ 108,6 milhões (até maio) – o que equivaleu 37,62% dos recursos previstos na programação orçamentária do fundo.
Outro fato apontado como fundamental para a saúde de Goiás diz respeito à política de atração de investimentos. “Indiscutivelmente, ela foi imprescindível para o resultado do nosso crescimento acima da média nacional, atraindo investimentos e instalações de novas unidades produtivas, que contribuíram para agregação de emprego e renda à população”, diz o presidente da Fieg.
Conforme Pedro Alves, baseado em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, em 2012, foram gerados, até outubro, 92.215 empregos em Goiás. “O setor industrial (indústria de transformação) foi o destaque, com expansão de 11,39%. De 2000 a 2011, houve uma expansão de 104,36% no número de indústrias, conforme a RAIS/2011”, orgulha-se.
Atração de
investimentos
Pedro Alves explica que a grande evolução do emprego e produção industriais de Goiás confirma o acerto da política de atração de investimentos sustentada pelo governo goiano. “Esta política, adotada pelos governos estaduais desde a década de 1980, bem como as vantagens comparativas de Goiás em relação a outros Estados da Federação, são fundamentais.”
Pedro Alves cita também a localização privilegiada de Goiás no centro do País, grande disponibilidade de matérias- primas e apoio efetivo ao desenvolvimento por parte das entidades do Sistema Fieg – Senai, Sesi, Fieg, IEL e ICQ Brasil.
O presidente da Fieg, todavia, acredita que a discussão sobre a ‘guerra fiscal’ não pode prejudicar o Estado. O marco legal ainda não foi debatido em sociedade, mas existem possibilidades de perdas para alguns dos Estados, caso de Goiás. “Encontra-se no Senado a discussão sobre incentivos fiscais, recebendo o nome de “guerra fiscal”. Vários Estados são favoráveis à utilização desses, não é apenas uma prerrogativa de Goiás. Uma decisão parece consenso: a convalidação dos incentivos já concedidos. Goiás se posicionará até onde for possível pela manutenção dessa política de atração de investimentos.”
Fonte: Diário da Manhã