Capital terá serviço integrado de bicicletas públicas

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Na tarde da última quarta-feira, 5, o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), José Carlos Xavier, e a arquiteta e urbanista da CMTC, Ediney Bernardes, apresentaram no sexto andar do Paço Municipal estudos que estão em desenvolvimento para Goiânia. A pedido do próprio prefeito Paulo Garcia, secretários e presidentes de órgãos da administração foram convidados para o encontro.

Por mais de duas horas, José Carlos e Ediney explicaram à equipe do prefeito como está o trabalho para a implantação dos 13 corredores preferenciais, adiantando quais serão os próximos. Eles falaram ainda sobre o desenvolvimento do projeto BRT-Norte/Sul, ônibus rápido, que vai cortar Goiânia em 22 km com saída do terminal Cruzeiro do Sul e chegada no terminal Recanto do Bosque, na região Noroeste.

Mas, a grande novidade foi a apresentação do estudo de implantação do Serviço Integrado de Bicicletas Públicas. Para Paulo Garcia, o modelo de cidade de Bogotá passa pelo mesmo de Goiânia. “Estive recentemente em Bogotá e fiquei impressionado com a adesão da população à bicicleta, e tenho certeza de que implantado aqui teremos público para esse modal”, avalia.

E o prefeito não está equivocado. De acordo com o presidente da CMTC, José Carlos Xavier, engane-se quem pensa que o uso da bicicleta é só para os que moram em grandes centros ou em cidades da Europa e Estados Unidos. “Precisamos tratar questões relacionadas à cidade visando à eliminação de congestionamentos para ofertar maior fluidez ao transporte público, e também buscar estimular o uso de modais de transportes não motorizados. Em Bogotá são 400 km de ciclovias e a adesão à bicecleta foi conquistada ao longo do tempo”, cita o presidente.

Ainda em fase de avaliação e acertos de detalhes, o estudo prevê que Goiânia terá 40 estações de bicicletas públicas com dez vagas cada uma. Até o final do primeiro semestre de 2013, a CMTC espera entregar as dez primeiras estações, ofertando no total 100 bicicletas ao Serviço Integrado de Bicicletas Públicas, que estará integrado ao sistema de transporte coletivo. “A oferta deste modal é para que o usuário do transporte público faça uso da bicicleta em trechos que complementem a viagem do transporte coletivo. Integrar os dois modais trará mais opções de deslocamentos e vai ofertar ao usuário ganho de saúde, maior integração com a cidade e, entre outros aspectos, promover a redução do uso do automóvel particular”, frisa a arquiteta e urbanista Ediney Bernardes.

Nas estações o usuário contará com serviço de auto-atendimento para a locação da bicicleta que poderá ser feito por diária e mensal via cartão de crédito ou por meio do celular, após cadastramento. Os valores serão determinados conforme o uso do serviço. A operadora que vencer a licitação disponibilizará um site de relacionamento com o usuário contendo informações sobre as localidades das outras estações, trajetos, mapas, disponibilidade de bicicletas, locais de devolução, condição do trânsito e do tempo, distância entre uma e outra estação e as vias com ciclovia. A alimentação da estação, como pretende a prefeitura, será por energia solar. “Essas são as diretrizes traçadas para o nosso serviço da bicicleta pública”, resume Ediney.

Esse serviço foi pautado com o sucesso de outras cidades brasileiras que já contam com a bicicleta pública e já estão em fase de expansão, como por exemplo: Rio de Janeiro com 600 bicicletas; São Paulo com 650; Porto Alegre com 200 e Sorocaba, em São Paulo, com 190 bicicletas. Outras cidades paulistas como Santos, Campinas e São Caetano do Sul também já implantaram.

Corredores preferenciais

A CMTC apresentou para ao ano de 2013 que pelo menos dois corredores preferenciais estarão implantados: T-7 e T-9. Ambos já estão com o projeto de engenharia de tráfego concluído e somam juntos 23 quilômetros de extensão. O presidente da CMTC reforçou a importância dos corredores preferenciais citando 13 intervenções viárias para a fluidez e tempo de viagem dos ônibus: eliminar congestionamentos; redução de conflitos; modificação do plano de circulação da malha do entorno; nova sinalização, adequação de semáforos; adequar pontos de parada; tratamento da pista de rolagem e calçadas; fiscalização eletrônica e monitoramento, entre outros. Para o presidente da CMTC, a aquisição de carros é um direito do cidadão, uma questão particular, já o uso do veículo é uma questão pública e que precisa passar por discussão. “Por isso, a Prefeitura de Goiânia se antecipa em apresentar soluções relacionadas à mobilidade urbana”, afirma.

A apresentação foi finalizada com debate dos participantes e esclarecimento de dúvidas. O BRT está em fase adiantada para a contratação do projeto executivo e implantação. Quanto ao projeto para implantação do VLT- Veículo Leve sob Trilhos- o grupo de trabalho que reúne CMTC, Procuradoria Geral do Município (PMG), Secretaria de Planejamento (Seplam), Agência Municipal de Trânsito (AMT), Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedem) informou que a proposta tem sido acompanhada.

Fonte: Prefeitura de Goiânia