Falta de manutenção compromete viaduto da T-63 com Avenida 85

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Inaugurado em 2008, o elevado da T-63 com Avenida 85 encontra-se no seu pior momento, faltando reposição de várias placas

Desde que foi inaugurado, em 2008, o viaduto João Alves de Queiroz, da Avenida T-63, encontra-se em sua pior situação estrutural. São inúmeras as placas de aço que caíram e não foram repostas. Até então, quando isso ocorria, elas eram imediatamente trocadas. Desta vez, a Prefeitura solicitou uma readequação do projeto original, visando a reparação definitiva do problema enfrentado desde a inauguração da obra.

Enquanto o projeto não é apresentado pela empresa responsável, a Delta Construção, a ação da Prefeitura se resume em aguardar, sem ter muito o que fazer. Quem passa pelo local nota o cenário de abandono. Nas laterais, na parte superior e até no teto. As placas se soltaram e o visual não é nada bonito para o que era para ser uma referência arquitetônica da capital goiana, além do risco de quem trafega e pode ser surpreendido a qualquer momento pela soltura de alguma parte.

Em nota, a Delta Construção respondeu a reportagem, mas não tocou no assunto sobre o pedido feito pela Prefeitura da readequação do projeto original e apresentação de uma solução para o problema. Disse, apenas, que a manutenção do viaduto já não é mais de responsabilidade da empresa e que a última intervenção feita pelos operários da construtora foi realizada em agosto de 2010, quando o elevado do viaduto teve de ser interditado, em razão de uma rachadura no asfalto causada pelo rompimento de tubulações de água e esgoto, de responsabilidade da Saneago.

A partir de então, o período de respaldo e manutenção a ser feito pela empresa, de acordo com o que era estabelecido no contrato, venceu. A interdição foi provocada, na época, porque parte do asfalto teve de ser refeita, bem como a reforma de toda a estrutura danificada pelas infiltrações. Este foi o maior problema enfrentado, até então, pela obra, gerando transtornos para quem dependia da passagem para transitar pela cidade.

Desde o princípio, o viaduto incitou polêmicas e críticas por causa dos problemas ocasionados aos comerciantes da região e o dinheiro gasto pela Prefeitura. O viaduto foi construído em três níveis: um abaixo, com uma trincheira de cinco metros; outro intermediário, na mesma altura da avenida; e o elevado, ao longo da Avenida T-63, com extensão de 250 metros. A obra conta ainda com um monumento de cerca de 70 metros de altura.

A reportagem tentou contato com o secretário municipal de Infraestrutura, Leodante Cardoso, mas assessores dele informaram de antemão que quem está falando sobre o caso é apenas o prefeito Paulo Garcia. Este não atendeu as ligações. A assessoria de comunicação da Prefeitura explicou que ele está ciente do problema e que, na solicitação de novo projeto, pediu para os idealizadores pensarem em um novo material, que não sejam as atuais placas de aço, capaz de corresponder à realidade do local. Com o projeto em mãos, o município é quem se encarregará pela execução, ainda sem data prevista.

Fonte: Jornal O Hoje