Perillo busca informações sobre novo aeroporto

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Governador acompanha de perto trâmites para a retomada das obras de construção.

O governador Marconi Perillo está acompanhando de perto os trâmites legais para a retomada das obras de construção do novo aeroporto de Goiânia. Na tarde de ontem, Marconi reuniu-se com o presidente da Infraero, Gustavo Vale, em Brasília, para se inteirar do andamento dos projetos para a edificação do terminal de passageiros, da pista e do pátio, com projeto executivo elaborado pelo Exército e também por técnicos da estatal.

Todos os projetos deverão ser encaminhados ao Tribunal de Contas da União no primeiro trimestre de 2013. Depois de minuciosos estudos, caberá ao TCU aprovar ou não o início das obras. O governador e o presidente da Infraero acreditam que os projetos serão aprovados e que as obras serão iniciadas imediatamente. Marconi disse ter esperança de que as obras possam começar em abril ou maio de 2013.

No mesmo dia, o governador foi recebido em audiência pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, com quem tratou dos créditos que o Estado tem junto à União, especialmente em relação à Empresa de Desenvolvimento de Recursos Minerais (Codemin). “Mostrei ao ministro que nós estamos investindo fortemente em infraestrutura e saneamento, estradas e aeroportos e precisamos de muitos investimentos em energia se quisermos continuar crescendo”, disse Marconi ao fim do encontro. Em janeiro, o governador terá um encontro com o presidente da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto, oportunidade em que serão estabelecidos os cronogramas e os valores a serem investidos em Goiás.

Marconi esteve ainda na Valec para tratar do reinício das obras de construção da Ferrovia Norte-Sul. “O presidente me tranquilizou em relação à retomada das obras. No começo do ano, o Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, deverá estar em Goiás para visitar os canteiros”, declarou o governador. Os investimentos, segundo Marconi, serão feitos de maneira bastante acelerada, de forma a concluir os seis quilômetros que faltam em Anápolis e o pátio. Haverá também uma maior celeridade nas obras do tramo Sul, a partir de Ouro Verde na direção Sul do Estado, indo até São Paulo.

Na reunião, o governador tratou também da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, de Campinorte a Lucas do Rio Verde, no MT, dentro da ferrovia Intercontinental que ligará o Extremo Leste até o Extremo Oeste do País. “Esta obra estará sendo concedida agora no ano que vem e a expectativa é que até meados de 2013 haja concessão para que ela comece. Com isso, Goiás será muito bem servido por duas ou três novas ferrovias”, salientou.

Caso Codemin

Em 1970, Furnas, Eletrobrás e o Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (Dnaee) assinaram um protocolo concedendo à Empresa de Desenvolvimento de Recursos Minerais (Codemin), instalada em Niquelândia, subsídios no fornecimento de energia elétrica para que se instalasse em Goiás. Em 1980, com redefinição de áreas de concessão, a Codemin passou a fazer parte da área da Celg. A União ressarciu a Celg entre 1980 e 1992, descontando o valor do subsídio das reservas obrigatórias devidas. Mas em 1993, a Celg deixou de ser ressarcida e assumiu esse desconto até 2003, quando entrou com uma ação contra a União para ressarcimento e conseguiu a suspensão dos subsídios. O impacto disso nas contas da Celg foi de R$ 1,248 bilhão, segundo avaliação feita por peritos e reivindicada pela Justiça.

Fonte: Jornal O Hoje