Confusão provoca prejuízo de R$ 100 mil
A confusão generalizada e jogadores e torcedores no clássico de domingo, entre Vila Nova e Goiás, resultou em prejuízo para o Serra Dourada. De acordo com levantamento da gerência executiva do estádio, a ação dos vândalos destruiu pelo menos R$ 100 mil em equipamentos diversos. O valor é equivalente a quase metade da renda total do duelo: R$ 219,5 mil. Os torcedores arrancaram 318 assentos das arquibancadas e quebraram um corrimão de acesso dos torcedores. Nem mesmo o abrigo construído para os portadores de necessidades especiais, na ala norte do estádio, foi poupado e foi completamente danificado.
Os prejuízos, porém, não se concentraram apenas no ambiente dos torcedores. Portas dos vestiários onde estava a torcida do Goiás também foram destruídas, assim com a porta de acesso às cadeiras. “Não dá para dizer quem quebrou. Mas as áreas atingidas são de acesso exclusivo de jogadores, comissão técnica e seguranças”, disse Itamir Campos, gerente da praça esportiva. Ele ainda não sabe como nem quando serão feitos os reparos na estrutura.
Existe, inclusive, previsão de investimentos para uma reforma no palco esportivo para o amistoso do dia 4 de junho, entre as seleções de Brasil e Holanda. Porém, a nova demanda não está inclusa no orçamento de cerca de R$ 2,2 milhões, feito antes da confusão. Existe, inclusive, a possibilidade da retirada de todos os assentos individuais das arquibancadas. A mudança é defendida pelo presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF), André Pitta, que ontem pediu punição severa para os culpados de iniciar e fomentar a pancadaria do último domingo.
“É lamentável que ocorra situação como essa. Ainda mais de quem está ali para dar espetáculo. Precisa punir quem começou e incentivou o tumulto”, afirmou André. Outra sugestão defendida pelo presidente da FGF é a presença de torcedores de um único clube (no caso o mandante) nos próximos clássicos entre Vila Nova e Goiás. “Vamos fazer a sugestão, já para o próximo campeonato, que nesses confrontos tenhamos torcida única”, ressaltou Pitta. A mudança, no entanto, depende da aprovação dos clubes.
Os torcedores também reclamam dos assentos. Uma pesquisa informal feita no domingo pela gestão do estádio mostrou que 147 das 200 pessoas entrevistadas querem a retirada da estrutura, feita de plástico. Além de não oferecerem o conforto necessário, os bancos prejudicam o deslocamento e se transformam em armas a cada confusão com torcedores. No domingo, dezenas desses objetos foram arremessados para dentro do gramado.
Fonte: Jornal o Hoje