Obra no Zoo não chegou à metade

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Galtiery Rodrigues

A direção do Zoológico de Goiânia não gosta de estipular um prazo certo, mas acredita e alimenta a esperança de que o espaço possa ser, enfim, reaberto até o fim de dezembro deste ano. Para assim ser, no entanto, é preciso correr contra o tempo. As obras de cumprimento ao que é expresso no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em setembro de 2009, dois meses após o local ser fechado por determinação da Justiça e do Ibama, ainda não chegaram nem à metade. Já se passaram 20 meses desde o início das intervenções. O total de dinheiro a ser gasto é orçado em R$ 3,8 milhões, originados do Fundo Municipal de Meio Ambiente. Até então, foi aplicado R$ 1,3 milhão, ou seja, apenas 34,2% do total.

Desde o início da obra, não bastasse os bichos envelhecendo (mais de 60% são idosos) e muitos indo a óbito, os operários se depararam com diversas dificuldades. Prestes a completar 55 anos, é a primeira vez que o Zoo passa por grande reforma e não é de se espantar, portanto, que o envelhecimento da estrutura – instalações elétricas, tubulações de água, esgoto e outros –apresente certa defasagem. Solucionar problemas antigos é um dos aspectos, conforme o diretor Raphael Cupertino, que estão retardando o processo. “Apareceram coisas que não esperávamos e, à medida que vai mexendo, surgem mais. Agora é aproveitar o momento para sanar e fazer o serviço bem feito”, diz.

Uma das propostas do projeto era instalar sistema de drenagem do solo, de forma que atendesse toda a área do Zoo e do Parque Lago das Rosas. Durante a ação, dificuldades apareceram. A maior foi a suspensão dos trabalhos da empreiteira – Montalvão Siqueira Construções Ltda. – contratada para realizar as adequações no local. Suspeitas de irregularidades no processo licitatório culminaram no cancelamento do acordo, estimado em R$ 6,5 milhões. Isso aconteceu em setembro de 2010, um ano após a assinatura do TAC, que deveria ser cumprido em fevereiro deste ano, mas a data foi prorrogada em mais um ano após uma solicitação feita pela Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma).

De lá para cá, a obra vem sendo realizada por administração direta. A Prefeitura de Goiânia, representada pela Amma, decidiu dar andamento à obra com o próprio pessoal e a própria estrutura. Conforme Cupertino, existe hoje uma média de 44 homens trabalhando no local, lotados não só na Agência de Meio Ambiente, mas também na Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) e na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Outros 30 homens da Agência Municipal de Obras (Amob) também chegaram a trabalhar por uns dias no Zoo, quando realizaram a implantação de asfalto em áreas não pavimentadas. O custo da intervenção foi de R$ 70 mil.

Fonte: Jornal o Hoje