"Não houve aumento abusivo", diz presidente do Sindiposto

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A Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos combustíveis da Câmara Municipal de Goiânia fez nesta sexta-feira (06) sua terceira reunião. Os vereadores ouviram a diretoria do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo no estado de Goiás (Sindiposto). Os representantes do sindicato foram questionados sobre as denúncias de prática de cartel, adulteração de combustíveis e preços abusivos por parte dos postos da capital.

Segundo o presidente do Sindiposto, Leandro Lisboa, não há qualquer influência da entidade no preço final dos combustíveis. “Eu diria que não há um alinhamento porque hoje em qualquer lugar de Goiânia que você vai você acha um preço diferenciado, o que há é uma diferenciação muito pequena de um posto para o outro. Acontece isso porque nós trabalhamos com margem muito reduzida”, alegou.

Sobre os aumentos praticados nos últimos meses, Leandro ressaltou que os postos somente repassaram os reajustes das distribuidoras e das usinas. “Não houve aumento abusivo, ao contrário, se pegar desde o começo do aumento até agora, isso nós estamos comprovando através de notas fiscais, os postos ficaram defasados em quase 10% nas suas margens devido à concorrência, e devido ao preço, que realmente subiu muito. Não foi culpa dos postos, hoje os postos trabalham com uma margem líquida de 3%, não tem o que fazer”, argumentou.

Prazos

Criada no último dia 11, a CEI já ouviu donos de postos de combustíveis e deve realizar audiências nas próximas semanas com a diretoria do Sindicato das Distribuidoras e ainda Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás. O presidente da comissão, o vereador Djalma Araújo (PT), revelou que a CEI tem até 90 dias, a partir da criação, para apresentar as soluções. Segundo ele, a comissão está buscando parcerias para ajudar nas investigações.

“Nós vamos estabelecer ainda uma parceria com o Decon, já existe uma parceria com o Inmetro, já existem outras parcerias com o Ministério Público. Após todo esse trabalho que a Comissão está fazendo, nós queremos dar um xeque-mate nessa situação. A mobilização da sociedade, o Mobiliza-Goiás, as pessoas precisam ir pra rua, exigir nota fiscal, isso é muito importante para o trabalho da comissão”, ressaltou.

Fonte: Portal 730