Especialista defende ajustes no sistema Citybus
Fernanda conta que ela própria fez as contas, em abril de 2009, quando foi lançado o Citybus, e viu que, de tão cara, a tarifa custava o equivalente a fazer o percurso de carro. Na época, a tarifa do ônibus era de R$ 2,25 e a forma de pagamento do citybus era com duas unidades do Sitpass (R$ 4,50). "Sem contar que o uso do ônibus ou Citybus sempre terá situações desagradáveis, como andar um pouco até o ponto, o que desestimulou o uso por quem tinha intenção de utilizá-lo", avalia.
A arquiteta e urbanista entende que há ajustes que devem ser feitos, como a possibilidade de pagamento em cédulas, em vez de apenas moedas. Ela também acredita que será necessário fazer uma pesquisa para identificar o público do citybus. "Hoje ele é bem usado por senhoras que não têm carro e estudantes de nível médio, por exemplo", diz.
Para o economista Délio Moreira, doutor em Economia dos Transportes, a tarifa do Citybus deve ser adaptada, porque atualmente é alta. "É preciso estudar bem, porque uma redução atrairia mais usuários, mas as empresas teriam lucro? É necessário cobrir todos os custos sem explorar os passageiros", diz. Délio lembra que na década de 80 houve uma experiência igual em Goiânia. Ele explica que, devido às especificidades, é difícil - mas possível - dar certo.
Fonte: O Popular