Mais de 4 mil quilômetros de rodovias reconstruídas
Todos os trechos de rodovias integrados ao plano vão ser totalmente reconstruídos. Isto significa que o pavimento existente hoje será arrancado e triturado para compor a base de um novo asfalto. De acordo com o presidente da Agetop, Jayme Rincon, a novidade para estas obras é o uso de técnicas específicas para reconstrução de trechos turísticos e de tráfego de caminhões.
Nas rodovias que levam a destinos turísticos vai ser usado o asfalto tipo TSD – Tratamento Superficial Duplo, com micro revestimento capaz de suportar amplas condições de uso, desde o tráfego leve até o trânsito pesado e de alta velocidade. Mas onde o tráfego é de caminhões, como na região Sudoeste do Estado, o pavimento terá material e espessura diferenciados. Nele será usado o CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a Quente, com estrutura composta por múltiplas camadas, sendo que o revestimento é a camada responsável por receber e transmitir a carga dos veículos, além de servir de proteção contra o intemperismo.
A base do asfalto também será reforçada, composta com o asfalto antigo, triturado. “Não é uma técnica nova, mas é a primeira vez que a utilizamos em Goiás. Assim vamos resolver dois problemas: a base do asfalto terá melhor qualidade e condições de suportar o peso dos caminhões e não haverá resíduo de ambiental destas obras, pois o resto de asfalto será reaproveitado,” explicou Rincon.
Jayme Rincon disse que a necessidade de diferenciar a qualidade do asfalto vem com a própria evolução econômica e social do Estado. A chegada de novas indústrias, montadoras e usinas de álcool aumentou a circulação de veículos de carga, bem como favoreceu a divulgação dos potenciais turísticos de Goiás, atraindo mais visitantes.
Laboratório Móvel
Todas o trabalho de reconstrução das rodovias será fiscalizado pela Agetop. Para garantir a qualidade do pavimento, a agência montou um laboratório móvel com o nome “De Olho na Qualidade” para percorrer os trechos em obra e impedir o uso de material fora do especificado.
Cerca de 80% dos 2 mil quilômetros que vão compor a primeira etapa de obras estão entre os trechos de maior circulação de caminhões e de pior condição de tráfego. A execução das obras vai seguir projetos prontos, com cronogramas e valores pré-determinados para garantir início e fim dos trabalhos. Estão previstos nesta etapa R$ 450 milhões em investimentos.
Fonte: Goiás Agora