Goiás está sem patrulhamento aéreo
Com um dos índices mais elevados de criminalidade do Brasil, principalmente na região do entorno do Distrito Federal, os helicópteros poderiam auxiliar significativamente no combate. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol), Silveira Alves de Moura, destaca a necessidade do patrulhamento aéreo. “Eles podem auxiliar no salvamento de pessoas, combate ao crime e tráfico de drogas.” Além disso, o patrulhamento consegue dar agilidade a atuação dos policiais, tanto militares quanto civis, e para o Corpo de Bombeiros.
Para que os helicópteros levantem voo falta a capacitação dos pilotos, que devem cursar cinco horas de aulas teóricas, e o seguro de cada uma das aeronaves. O primeiro passo, que seria a realização completa dos cursos, ainda não tem previsão para início. Silveira disse ainda que três pilotos que realizaram o curso inicial pediram a aposentadoria. “Eles não são úteis ao Estado. Os pilotos que forem atuar nos helicópteros devem estar disponíveis por pelo menos 15 anos.”
Ministério Público Federal investiga, por meio de ação civil pública, a venda das máquinas para saber se o governo está fazendo vistas grossas ao descumprimento de obrigações do fabricante. Para o presidente do Sinpol, a empresa deveria obrigatoriamente oferecer aos pilotos o curso gratuito, mas o governo acabou pagando pelo curso inicial.
Outros gastos
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) esclareceu que os Koalas foram adquiridos pelo governo passado e não foram ainda, contratualmente, entregues pela fábrica americana AgustaWestland. Para que isso ocorra ainda falta treinamento prático dos pilotos, seguro das aeronaves durante o treinamento; manual traduzido para o português de um dos três helicópteros e equipamentos de comunicação.
As três aeronaves pertecem às polícias Civil, Militar e Bombeiros. Foi repassada a informação de que R$ 9,5 milhões, dos R$ 21,7 milhões que as aeronaves custam, ainda não foram pagos. Além do resto a pagar, estão a licitação para manutenção, que deve custar R$ 1,5 milhão por ano, o seguro, estimado em R$ 900 mil, e a compra do combustível.
Em nota o secretário João Furtado disse que Goiás precisa muito dos helicópteros para apoiar o Corpo de Bombeiros, na atividade de socorrista, e a PM, nas operações de patrulhamento de fronteiras, roubos a bancos e tráfico. Ele assegura que superados os entraves, as aeronaves começarão a operar. (Lyniker Passos )
Fonte: Jornal o Hoje