Reajuste de tarifa agrada Marconi

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Marina Dutra

Mesmo sem poder aplicar o reajuste aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 13,05% na tarifa de energia da Celg, o governador Marconi Perillo (PSDB) acredita que o aumento possibilitará uma boa recomposição do ponto de vista do equilíbrio financeiro da estatal. A Aneel aprovou na terça-feira (6) o reajuste para a companhia goiana, mas a aplicação ocorrerá somente quando a Celg regularizar a situação de inadimplência de R$ 2,2 bilhões com o sistema. “Eu creio que com esse aumento de 13% já é possível uma boa recomposição do ponto de vista do equilíbrio financeiro. Eu não tenho todos os cálculos, mas nós já conseguimos, por exemplo, colocar as obrigações de curto prazo com os fornecedores e empreiteiras em dia”, afirmou durante desfile cívico-militar em comemoração ao Dia da Independência do Brasil.

O governador afirmou que a estatal está em dia com as dívidas nos bancos e que falta apenas o encontro de contas, o acerto na participação com a Eletrobrás para com as dívidas maiores. “Esperamos que sejam quitadas (as dívidas) a médio e longo prazo”, completou.
O tucano lamentou o pedido recusado pela Aneel de reajuste de 51,4%, referente às perdas dos cincos anos anteriores em que Celg não pôde aplicar o aumento da tarifa energética. “Não foi possível esse reajuste tão grande, mas espero que essas perdas sejam recompensadas gradativamente”. Já é o sexto ano consecutivo que a estatal não consegue aumentar a tarifa de energia por causa da inadimplência com o setor elétrico.

Mesmo otimista, a declaração do governador destoou da própria nota oficial divulgada pela Celg, que afirma que o porcentual aprovado pela Aneel de 13,05% é insuficiente. O vice-governador José Eliton (DEM) garantiu que a estatal irá fazer nova tentativa para que o reajuste de 51,4% seja aprovado. A estatal calcula que deixou de receber mais de R$ 1 bilhão, desde 2006, por causa dos reajustes que não puderam ser aplicados.

Palanque esvaziado
Do ponto de vista político, o tradicional desfile cívico-militar de 7 de Setembro reuniu poucas autoridades estaduais e municipais e, principalmente, pretensos candidatos da base do governo para a Prefeitura de Goiânia. O prefeito de Goiânia e candidato natural nas eleições de 2012, Paulo Garcia (PT), circulou livremente no palanque montado para as autoridades e não teve de disputar espaço com os possíveis postulantes do PSDB e do DEM.

O desfile foi presenciado por aproximadamente 18 mil pessoas. Porém, o evento reuniu apenas o governador, o vice-governador, o prefeito, o deputado federal João Campos (PSDB), o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Vítor Lenza, e poucos secretários municipais e estaduais. A relação entre o tucano e petista tonificou ainda mais a sensação de “paz selada” entre as duas autoridades. Um dia antes, eles trocaram afagos verbais ao participar da entrega de 11 novos ônibus do Eixo Anhanguera.

Fonte: Jornal o Hoje