Falta fiscal no transporte coletivo

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Galtiery Rodrigues

O transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia está longe de ser devidamente fiscalizado. A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), que é o órgão responsável pela regulação e fiscalização, sofre para com­pletar o quadro de fiscais. Desde que o concurso para o cargo foi realizado, em maio do ano passado, as convocações têm sido sucessivas, mas por causa das características do trabalho, do salário e do interesse por outros certames, são poucos os que aceitam permanecer. São 43 vagas oferecidas. Dos 245 que compõem o cadastro de reserva, 121 já foram chamados, mas hoje só 30 estão trabalhando. Ou seja, menos de um quarto (24,7%) dos que foram chamados para posse continuam no cargo e ainda faltam 13 para preencher a equipe.

As últimas mortes ocorridas envolvendo ônibus do transporte coletivo, como a que vitimou a idosa Valdete Campos Pereira, 72, que foi arrastada e teve os membros inferiores esmagados pelas rodas do veículo, no último dia 22, levantam discussão sobre a necessidade de maior número de fiscais acompanhando a realidade do transporte público. A CMTC se encarrega, em tese, pelo monitoramento de 14 terminais de ônibus e 5.682 pontos, em toda a região metropolitana, composta por 18 cidades. E para isso existem também, em tese, 43 fiscais. Mas, na realidade, nem tudo é vigiado.

O chefe de gabinete da CMTC, Domingos Sávio Afonso, reconhece a dificuldade de realizar o monitoramento e informa que hoje os fiscais priorizam alguns locais, onde a concentração de pessoas é maior. “Todos os terminais precisam ser fiscalizados, porém alguns com atenção especial. Na Vila Brasília passa 497 mil usuários por mês, enquanto no Garavelo a média é de 1,4 milhão, ou seja, prioriza-se este”, diz. E sobre os pontos de ônibus, ele afirma: “Em nenhum lugar do mundo, todos os pontos de ônibus são vigiados e aqui não vai ser diferente. Isso é impossível.”

A situação já foi exposta em reunião com representantes do Ministério Público de Goiás, que cobra por aumento da eficácia da fiscalização e da qualidade do serviço prestado pelo transporte coletivo. Os encontros começaram em razão da recorrência de acidentes e mortes envolvendo usuários de ônibus. No último dia 15, foi proposto plano de melhorias em que a CMTC sugere manter o quadro de 43 fiscais, complementando a função com treinamento mais dinâmico e humanista. Aliado a isso, exige-se que as empresas operadoras realizem cursos extras com os motoristas, pois, assim, melhoraria, no entender da companhia, tanto a condução dos motoristas como a fiscalização.

O plano estipula prazo de três meses para ser colocado em prática. Até lá, a CMTC vai continuar na luta para preencher o quadro de fiscais. Na semana passada, mais 16 do cadastro de reserva tiveram as convocações aprovadas. Agora é esperar para ver se eles vão aceitar as condições. Domingos Sávio ressalta que tudo foi devidamente descrito e esclarecido no edital do concurso. São seis horas diárias de trabalho, por um salário de R$ 780. Ele coloca que a principal reclamação dos fiscais, no dia a dia do trabalho, é a exaustão da atividade, ter de ficar em pé, atento e sempre circulando pelo terminal.

Fonte: Jornal o Hoje

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Vitor Fortini
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3 de fevereiro de 2012 às 01:08 delete

Sou fiscal da CMTC, bem de fato falta muita fiscalização, não é necessário somente 43 fiscais, precisam de mais fiscais e de um planejamento de fiscalização coerente, que realmente puna as empresas e motoristas, por atos inadequados, coisa que infelizmente não acontece hoje.

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V. Pavanelli
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3 de fevereiro de 2012 às 01:39 delete

Também sou fiscal de transportes coletivos da CMTC. Nós ficais, não lutamos só por melhorias salarias e benefícios para nossa categoria. lutamos também para que nossa fiscalização seja a mais eficaz possível. É um estado extremamente deplorável que nós ficais tenhamos que lutar para que possamos cobrar das empresas, infrações que estão previstas no regulamento de conduta. E nossos chefes lutando para não fazermos isto.

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