Cargill se compromete a tomar medidas contra mau cheiro em Goiânia

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A Câmara de Vereadores de Goiânia realizou uma Audiência Pública para debater a questão do odor que incomoda os moradores da Região Norte de Goiânia. Os possíveis responsáveis pela poluição do ar, como os representantes da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e da empresa Cargill.

O Vereador Djalma Araújo (PT) presidiu Audiência e explica que o objetivo da reunião é a acabar com a fedentina, e encaminhar o dossiê ao Ministério Público Federal. Segundo ele, o Ministério Público Estadual foi omisso, e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) deveria ter cassado a licença da empresa, porém não o fez.

“O dossiê será encaminhado ao Ministério Público Federal, ao Ministério do Meio Ambiente, e com certeza a Câmara deve criar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar”, declara.

Luciano Paiva é morador do Setor Goiânia 2, e relata a situação enfrentada pela população desde 2008. Ele afirma ao repórter Rubens Salomão que esta época de tempo seco sem chuva o odor é terrível.

O Gerente de Tratamento de Esgoto da Saneago, Fausto Batista, explica que não existe a possibilidade de que o odor seja causado pela ETE. “Nós tratamos o esgoto desde 2004 nesta estação e acreditamos que o cheiro não é proveniente da Estação, porque ele acontece em períodos específicos do ano. Ano passado não tivemos nenhuma reclamação”, alega.

Após várias reclamações da população, a Semarh fez uma operação de 24 horas para diagnosticar qual era o responsável pelo odor existente. A conclusão deixou claro que o tratamento de efluentes da empresa Cargill é a causadora do fedor.

A Sup. da Semarh, Gabriela De Val Borges aponta as medidas que foram tomadas contra a Cargill para resolverem os problemas definitivamente.

“Nós colocamos solucionar de forma definitiva este problema. A população já está cansada desta discussão. Já foi lavrado um auto de infração, a Semarh está em discussão com a empresa por um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que será cobrado o prazo estipulado por Lei, que são de 20 dias”.

O prazo de 20 dias é para que a Cargill apresente um plano de ações que determine ações concretas para que o mau cheiro não volte a incomodar a população da Região Norte de Goiânia.

Afonso Champi é Diretor de Assuntos Corporativos da empresa, e explica que a Cargill está disposta a tomar as medidas necessárias para encontrar uma solução.

“Todas as ações já foram tomadas, sendo seis no seu conjunto, e uma delas é a contratação de uma empresa independente que possa fazer um correto diagnóstico. São medidas técnicas ligadas ao próprio componente de reutilização de água interna assim como o processo de intensificação de monitoramento dos equipamentos”, conclui.

Fonte: Portal 730