Para professor, aumento de horas para o aluno não soluciona problema da educação

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O Ministério da Educação e entidades do setor analisam a possibilidade de aumentar o número de horas do aluno na escola.

Atualmente, a criança ou adolescente deve ficar 800 horas por ano na sala de aula. A ideia é elevar a carga horária diária, que hoje é de quatro horas, ou ampliar o número de dias de 200 para 220.

O Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), João Ferreira, afirma à repórter Nathália Lima que atual carga horária é suficiente.

“Quando houve o acréscimo de 20 dias letivos, não houve nenhum acréscimo no vencimento dos professores. Eles tiveram um trabalho a mais de ampliar os 20 dias, e eu temo que isso aconteça novamente, se passar de 200 para 220”, relata.

Ainda de acordo com o professor, o ideal será o aumento das escolas de tempo integral, e ampliação de quatro para sete horas. Segundo ele, a jornada atual é considerada pouco para que as crianças acessem todo o conteúdo e sejam expostas a situações de aprendizagem mais efetiva.

João Ferreira ainda ressalta que para qualquer um dos dois casos, aumento de carga horária ou maior número de escolas de tempo integral, o governo deverá fazer investimentos.

“Diversas entidades da sociedade civil vêm defendendo 10% do PIB para dar conta de recuperar as escolas brasileiras, e colocar as escolas num patamar mais desenvolvido”, conclui.

Fonte: Portal 730