Obra do VLT leva Estado a desapropriar edifícios na Praça do Bandeirante
Os proprietários de imóveis próximos à região do cruzamento entre as avenidas Anhanguera com a Goiás (Praça do Bandeirante), onde será construída a plataforma leste – oeste do VLT (Veículo Leve sobre Trilho), já começam a sentir os prejuízos das desapropriações antes mesmo do início das obras, previsto para este ano. Uma proprietária, que prefere não ser identificada, afirma ter sido notificada pelo Estado, que pela desapropriação do prédio ofereceu metade do valor de mercado, estimado em R$ 5 milhões.
Diante do impasse, proprietários dos imóveis da região organizam uma reunião com representantes da obra e do Estado para tentar uma negociação em relação aos valores, já que há rumores de que o valor máximo a ser pago pelas desapropriações será R$ 2,5 milhões. Caso a possível negociação não surta efeito, eles pretendem entrar com uma ação coletiva junto à Justiça questionando os valores.
Procurado pela reportagem do Opção Online, o coordenador do projeto de instalação do VLT, Carlos Maranhão, não pôde atender às ligações. Segundo a assessoria de imprensa, Maranhão esteve durante todo o dia em reunião.
A licitação para o VLT foi aprovada Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia no início de fevereiro. O edital está sendo avaliado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A previsão era que fosse concluída ainda no mês passado.
O projeto é orçado em R$ 1,3 bilhão e conta com recursos do Governo Federal - por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana -, do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e também da Caixa Econômica Federal. O Fundo de Implantação do VLT também financia a construção, junto com apoio de Parcerias Público-Privada (PPPs). A previsão é que a obra seja concluída em dois anos.
Fonte: Jornal Opção