Empresas japonesas buscam interior do País
Em visita a Goiás, empresários do país asiático buscam potencialidades de investimentos e estreitar relações com os goianos.
A Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) apresentou ontem as potencialidades do Estado para 18 representantes de 13 empresas japonesas que visitam o Estado. A intenção das empresas é de interiorizar as operações no Brasil e estreitar laços também com empresários goianos. Do encontro podem surgir negócios nas áreas de fármacos, embalagens e equipamentos de borracha para a indústria automobilística e comunicação.
De acordo com o diretor presidente da Jetro, instituição que faz o intermédio de relações entre empresas japonesas e brasileiras, Kazuhito Sakurai, a maioria das mais de 400 empresas nipônicas instaladas no Brasil ficam no eixo Rio–São Paulo. “São empresas que se sentem distantes do interior do Brasil por causa da distância e das diferenças culturais. Gostaríamos de estreitar as relações entre os empresários japoneses e goianos”, explica.
Sakurai ressaltou ainda que, diante da identificação das potencialidades do Centro-Oeste, a missão veio conhecer mais de perto as áreas mais promissoras para investimentos. Além de Goiás, o grupo também tem interesses no Nordeste, mais precisamente na Bahia.
Da mesa diretiva, falaram representantes da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), da Federação da Agricultura e Pecuária (Faeg), do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae em Goiás), além da Fieg. Eles expuseram as potencialidades do Estado nas diferentes áreas, demonstraram a receptividade para a instalação de novas empresas e responderam a questionamentos sobre quais as demandas do Estado, que tipo de empresas poderiam ser aqui instaladas e média salarial de empregados da indústria brasileira.
Na apresentação, o chefe do escritório de tecnologia da IER Fujikura Corporation, Tomomassa Fujita, fabricante de equipamentos industriais e automotivos de borracha, demonstrou a intenção de instalar uma unidade da empresa fora do Japão e perguntou sobre o mercado em sua área Goiás.
O presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, respondeu que há uma grande carência nesses produtos em todo o País, sendo que alguns deles precisam ser importados. Ele destacou o município de Goianésia como grande produtor de látex e que procura investimentos para a industrialização da matéria-prima.
Presidente da Mitsubishi Indústrias Pesadas do Brasil, Yoshihiro Aihara, também presente no seminário, tomou a palavra e disse que a indústria tem projetos para a instalação de várias fábricas no País, desde a fabricação de compressores a estaleiros para navios de carga. Em Goiás, é possível a instalação de uma indústria de embalagens.
Com os esclarecimentos, de ambas as partes sobre oportunidades de investimentos e perfil socioeconômico do Estado, benefícios fiscais e incentivos financeiros do governo estadual, os empresários vão estudar a possibilidade de investimentos em Goiás. Na semana passada, embaixadores de 22 países árabes participaram de seminário, na Fieg, com o mesmo propósito.
Fonte: Jornal O Hoje