Comerciantes da T-63 aflitos com prejuízos
Movimento fraco e queda de mais de 30% nas vendas. O fim do estacionamento ao longo da Avenida T-63 está causando preocupação diária para os comerciantes do local. Proprietário de uma loja de eletrônicos, Romero de Oliveira, 55 anos, não se conforma com a decisão que, segundo ele, já lhe rendeu, em duas semanas, um prejuízo em torno de R$ 4 mil. Placas de proibido estacionar foram instaladas no início de março. A medida faz parte do projeto de construção do novo corredor preferencial para o transporte coletivo, semelhante ao da Rua 10, no Setor Universitário.
Apesar da Prefeitura alegar que o retorno do movimento se dará de forma gradativa, Romero acredita em piora. “É natural que as pessoas procurem outros lugares onde não é tão difícil estacionar.” Ele atua no ramo de assistência técnica e revenda de eletrodomésticos há mais de dez anos na Avenida T-63, mas afirma que nunca passou por uma crise tão grande. “Desse jeito não dá pra ficar”, lamenta.
Um levantamento realizado pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindiloja-GO) aponta que as opiniões, colhidas de 25 proprietários de empresas na T-63, foram unânimes sobre o quanto a proibição é prejudicial. Alguns chegaram a dizer que vão fechar as portas.
O sindicato sugere que outros projetos para evacuação do trânsito sejam adaptados, como cartão azul em alguns pontos ou a construção do corredor no canteiro central, como na Avenida Anhanguera e Avenida Goiás.
O presidente do Sindloja, José Carlos Ribeiro, disse que percorreu o trecho com o secretário de Desenvolvimento, por isso, as próximas intervenções já previstas para acontecer em outras avenidas deve ocorrer após diálogo com os comerciantes.
15 notificações por dia
De acordo com a Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT), todos os dias pelo menos 15 motoristas são notificados, de forma educativa, por estacionar ou parar em local proibido na Avenida T-63. Segundo o diretor de fiscalização da SMT, Thomson Cotrim, a fiscalização deve deixar de ser apenas educativa na próxima semana. Ele não acredita em possíveis alterações no projeto, já que, para a Prefeitura, a redução acontece no início, mas depois o movimento é retomado no trecho.
Parar em ponto de ônibus da Avenida T-63 configura infração média, com multa de R$ 82. Já estacionar na faixa do corredor preferencial é grave, com anotação de cinco pontos na CNH e multa de R$ 120.
A previsão para a conclusão do corredor era de 75 dias, contados desde 5 de março, mas segundo a SMT, a conclusão deve ser realizada antes.
Fonte: O Hoje
1 comentários:
Write comentáriosO que a prefeitura espera com isso? Causar desvalorização de imoveis, queda de vendas gera demissões, prejuizos a motoristas por causas das multas por não trafegar na linha dos ônibus, isso é progresso? Pra quem?
ReplyEsse benefício é apenas pra usuários do transporte públic, e se as empresas da avenida começar a demitir por queda nas vendas? Os mesmos usuários do transporte público que terão o benefício da rapidez dos ônibus ficará sem emprego. Onde tá a vantagem disso?
Isso mostra a falta de capacidade da engenharia de tráfego urbana de Goiânia.
Já que querem fazer essa modificação eis aqui a melhor forma:
diminuir em um metro de cada lado o canteiro central, a pista ganhará em largura podendo criar um corredor de baú (cercado como na anhanguera)ao lado do canteiro, deixando assim a pista mais importante pra carros e acesso ao comércio, evitando multas por descuido de trafegar no corredor do baú e evitando queda nas vendas e demissões.
A avenida ficará feia com o canteiro reduzido mas ficaria melhor com a pista mais larga, mas o certo mesmo é criar um túnel para trem.