Mais cargos para a companheirada na prefeitura de Goiânia
A cidade transborda aspones e o fato é que está pouco, os políticos querem mais empregos para seus apaniguados. No fim de 2012, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, mandou sua base na Câmara Municipal aprovar a criação de mil e 150 cargos. Nada de concurso público. Nada de guardas municipais, agentes de trânsito, professores, garis ou médicos. Exatamente mil e 150 cargos de livre nomeação dos chamados aspones, assessores de porcaria nenhuma. Os vereadores fizeram o que o prefeito ordenou, até por terem indicado metade dos nomeados..
Agora, o prefeito, que é católico, viola os princípios da Paixão de Cristo criando para a população a via-sacra de pagar para mais 285 companheiros. Além dos mil e 150 aliados que entraram na prefeitura no início do ano, outros 285 parceiros de campanha vão passar o feriadão numa boa. A desculpa oficial é que serão oportunidades na área de saúde. Seria excelente se os 285 servidores fossem ginecologistas, geriatras, psiquiatras, cardiologistas, gastros, neurologistas, cirurgiões e outros craques nas especialidades da medicina.
Vamos parar com a utopia. Querer médico no postinho é um sonho. Um especialista, então, nem é mais sonho, é loucura imaginar um pediatra de plantão à noite do fim de semana do Cais. As unidades de saúde são o retrato do pesadelo. Então, pelo que o prefeito tem agido, não haverá novidade. Cada vez que um projeto do Executivo passa pela Câmara, a sociedade toma uma tijolada na testa. Não será diferente desta vez.
As procissões da Semana Santa são pequenas comparadas à romaria no corredor do Paço em busca de Osmar Magalhães, o auxiliar de Paulo Garcia responsável pelas nomeações. Em vez de médicos, serão indicados ex-candidatos. No lugar de enfermeiros, as vagas serão preenchidas por cabos eleitorais.
Que o prefeito Paulo Garcia aproveite a Páscoa e mude de atitude. Em vez de cabos eleitorais, nomeie profissionais da saúde. Só assim para seu mandato sair do calvário para a ressurreição.
Fonte: Portal 730