Celg ameaçada por falta de investimentos

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Além da escassez de recurso, houve série de erros que culminaram na alta do índice de queda de energia.

As dificuldades que o consumidor goiano vem passando com a falta de energia elétrica prometem ainda perdurar, segundo o presidente da Celg Geração e Transmissão (Celg G&T) e Celg Participações (Celg Par), José Fernando Navarret. Ele disse que, desde abril do ano passado, a Eletrobras, que tomou o controle da Celg, deixou de investir no sistema elétrico. Diante dis­so, o governo do Estado busca recursos no mercado para tentar abrandar os transtornos.

Navarret desmentiu que a impossibilidade de a Eletrobras investir na Celg ocorre devido a não efetivação do contrato de transferência de 51% das ações da companhia goiana para a controladora do setor elétrico nacional. “É uma informação parcialmente verdadeira. A Eletrobras passou a comandar os destinos da Celg Distribuição, mas está em dificuldade porque o contrato nunca foi instrumento de vinculação da transferência de investimento”, disse.

Segundo Navarret, ainda no início de 2012, quando foi assinado acordo de acionistas da Celg, pelo qual a Eletrobras passaria a deter maior parte do capital da companhia goiana, foi prometido investimento de R$ 200 milhões na Celg naquele mesmo ano e ficou previsto que esse valor chegaria a até R$ 1 bilhão dentro de cinco anos, o que não vem acontecendo.

A companhia está em processo de federalização desde dezembro de 2011, quando foi assinado protocolo de intenções com a Eletrobras. No dia 7de fevereiro de 2012, a holding assumiu a maioria da Celg D e passou a comandar a diretoria colegiada da companhia, com quatro de seis diretores. Em abril de 2012, com a assinatura do acordo, em Brasília, passou a ter controle majoritário.

Após o acordo, Navarret diz que uma sequência de erros, além da falta de investimentos, culminou na elevação do índice de falta de energia, que passou de 22 horas em 2011 para 35 no ano passado. Entre os erros, ele destaca a falta de planejamento da Eletrobras, que realizou poda de árvores nos meses de julho e agosto e usando equipes de emergência de linha viva, que têm custo por hora mais alto e em um momento inadequado.

Questionado sobre uma solução para os problemas, Navarret disse que não será rápida, já que depende de investimentos em infraestrutura. “O governador Marconi Perillo já está trabalhando para viabilizar um caminho que possibilite chegar a uma solução e busca um financiamento de R$ 135 milhões com o BNDES ou Caixa”, reforça.

Fonte: Jornal O Hoje