Temporada de emprego e renda
A temporada de férias de inverno (em julho), antecipada pelo feriado prolongado de Corpus Christi, no próximo dia 23, promete bons negócios para os empresários de hotéis, bares, restaurantes, barqueiros, agências de viagens, lojistas e outros prestadores de serviços ligados à cadeia do turismo. Também é o momento certo para aquelas pessoas que estão em busca de uma oportunidade de emprego temporário numa cidade turística de Goiás.
Como ocorrem todos os anos, as cidades que devem movimentar mais o turismo nessa temporada de férias de inverno são as de Caldas Novas, Rio Quente, Aruanã, Pirenópolis e Cidade de Goiás. São esperados cerca de 1,5 milhão de visitantes nos quatro dias do feriado de Corpus Christi e nas férias de julho. Esse grande contingente de visitantes, muitos do próprio Estado, mas, também, pessoas até de outros países, devem movimentar a economia desses municípios com cerca de R$ 15 milhões.
Algumas cidades tem menos visitantes mas uma movimentação financeira maior, por causa da diferença de preços. Em Caldas Novas, por exemplo, os cerca de 800 mil turistas devem gastar uma média de R$ 30 cada um, enquanto os 25 mil de Pirinópolis, R$ 250 cada. Em Aruanã, a maioria leva tudo que precisa.
Para dar suporte à essa demanda de visitantes, as empresas ligadas à cadeira do turismo, nas principais cidades turísticas, estão recrutando mais trabalhadores. A expectativa é contratar mais 4 mil servidores para atuar, basicamente, nas áreas de alimentação, de bebidas, limpeza e de atendimento.
Seleção
Apenas o Rio Quente Resorts, na cidade de Rio Quente, está selecionando mais 200 trabalhadores para se juntarem aos 2.030 que já atuam na empresa para dar suporte ao atendimento de 32 mil hóspedes que deverão ficar nos hotéis da rede, e a outras 75 mil pessoas que deverão passar pelo parque aquático nas férias de julho. "Ampliamos nossa estrutura hoteleira e as atrações turísticas. Agora temos de nos preparar, com mais mão de obra, para atender, ainda melhor, os visitantes", afirma o diretor de Experiência, Marketing e Vendas do Rio Quente Resorts, Manoel Carlos Cardoso.
O Grupo di Roma também está em processo de contratação de trabalhadores temporários para garantir bom atendimento aos visitantes. A gerente geral do Hotel Thermas di Roma, em Caldas Novas, Ângelica Sparapani, anuncia a abertura de 230 vagas para as áreas de alimentação e bebidas, de camareiras, lavanderias e limpeza.
Ela garante que, embora essas pessoas sejam contratadas para o serviço temporário, por causa das férias de julho, muitas acabam efetivadas. Embora esteja com a estrutura organizada, a Pousada Cavalheiro dos Pirineus, em Pirenópolis, também pretende abrir vagas para garçons. "Se forem confirmadas nossas expectativas, teremos uma temporada movimentada de turistas na cidade e temos de nos adequar para receber bem os visitantes", afirma o gerente da pousada, Jorge Medeiros.
O Hotel Vila Boa, na cidade de Goiás, já contratou, temporariamente, oito pessoas para trabalhar nos dias da realização do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambintal (Fica), de 14 a 19 próximo. Em julho, em função da grande movimentação de turistas, serão recrutados mais dez, anuncia o gerente do hotel, Luís de Aquino. O dono da Pousada do Ipê, na cidade de Goiás, Reginaldo Saddi, observa que, sempre há oportunidades de emprego no setor de turismo em sua cidade. "A cidade vive do turismo", afirma.
Incremento
Em Caldas Novas estima-se que mais de 10 mil pessoas trabalhem na cadeia do turismo: hotéis, pousadas, restaurantes, bares, boates, lojas de artesanatos, agências de turismo, transportes e outros. Para a temporada de julho, a expectativa é que as empresas venham a aumentar em 40% esse contingente de mão de obra, estima o secretário de Turismo, Ivan Garcia.
Em Aruanã, dos 10 mil moradores, estima-se que 70%, ou seja, 7 mil pessoas, estejam diretamente envolvidas com a cadeia do turismo nessa época de alta temporada, segundo o vice-prefeito do município e também secretário do Turismo, Paulo Valério da Silva.
A secretária de Turismo da Cidade de Goiás, Mara Públio Souza Veiga Jardim, não tem dúvidas de que o turismo é grande fonte de renda e emprego no município. Ela acredita que são gerados mais de mil empregos diretos, mas quando chegam os feriados e as férias escolares, as empresas aumentam esse contingente em mais 20%.
O secretário de Turismo de Pirenópolis, Sérgio Rady, observa que quanto mais ocorrem festas e feriados prolongados mais as empresas da cadeia do turismo são obrigadas a aumentar o contingente de mão de obra. Segundo ele, o setor cria cerca de 3 mil empregos no município. Mas, quando cresce o movimento de turistas, há um incremento de 40% dessa mão de obra.
Geralmente, as empresas contratam os trabalhadores temporários da própria região. Como são serviços para no máximo 30 dias, elas nem exigem que sejam qualificadas e se sujeitam a treiná-las.
Fonte: O Popular
Foto: Não identificado