Goiânia já sofre com focos de queimadas
Levantamento do satélite referência utilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para monitorar queimadas apontou, em maio, 80 focos de queimadas em Goiás, e, no Brasil, 937. De janeiro até ontem (1º), o Estado acumulou 155 focos. Segundo o assessor de comunicação dos Bombeiros, coronel Martiniano Gondim, a situação é precoce.
E o último dia que choveu na capital foi no dia 28 de abril, mas ainda há previsão de chuvas. “Pelas chuvas intensas que ocorreram, a vegetação está alta”, explica Gondim sobre um dos pontos que aumentam a atenção e contribuem para as ocorrências.
Cerrado
Normalmente é no fim de maio que começam a aumentar as queimadas, que concentram o maior número de focos entre agosto e outubro, como explica o pesquisador e mestre em Geografia Fernando Moreira de Araújo. De acordo com pesquisa realizada por ele, tendo como base imagens de satélite, agosto e setembro são os meses que mais queimam e os números do ano passado preocupam, com 146.551 de queimadas em todo o Cerrado.
Porém, é difícil prever se o número de focos pode aumentar este ano, “porque o meio ambiente é muito dinâmico de um ano a outro”, pondera Fernando. De 2002 a 2010, a área queimada no Cerrado cresceu aproximadamente 146,2%. Em nove anos, passou de 59,5 mil quilômetros quadrados para 146,5 mil. Os dados são do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás.
Dessas queimadas, em torno de 70% não ocorreram ao acaso, tiveram fatores antrópicos – limpeza de pastos, preparo de plantios, desmatamentos –, como destaca o pesquisador. Entre os Estados que fazem parte do bioma, as queimadas têm os maiores índices no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, oeste da Bahia e sul do Maranhão. Segundo Fernando, as áreas que atualmente mais queimam têm relação com as áreas onde também cresce desmatamento.
Goiás também tem destaque entre os que mais registram queimadas. Essas se concentram na divisa do Estado com Tocantins e Mato Grosso, de acordo com estudo feito por Fernando Araújo. Para ele, observando os dados, parte das queimadas não é acompanhada para prevenir. “Falta fiscalização”, opina.
Prevenção
Para evitar focos em unidades de conservação, de acordo com coronel Gondim, o Corpo de Bombeiros já montou um plano de ação no Estado, dividindo-o em três regiões. (Katherine Alexandria, estagiária da UFG)
Fonte: Jornal O Hoje
2 comentários
Write comentáriosA maioria das queimadas nas margens das rodovias são causadas por fuligem incandescente(brasa) que saem dos escapamentos dos onibus e caminhoes que se encontram com os motores desregulados. Vejam pesquisa completa disponivel no googel: "Queimadas no Brasil: Causa Real nas Rodovias". Edmar - Itabira - MG
ReplyÉ bom saber que existe muitas pessoas que quidamm do nosso planeta,e que nao deixa o planeta cair em tentação.
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