Missão do BID vê avanço no Macambira-Anicuns
A estrutura organizacional montada pela Prefeitura de Goiânia para viabilização do projeto socioambiental Macambira-Anicuns impressionou a coordenadora da missão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Irene Altafim. Os representantes da instituição financiadora da maior intervenção urbanística e ambiental já promovida em Goiás estiveram na Capital entre segunda e quarta-feira com o propósito de acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos. Ontem, o grupo reuniu-se com o prefeito Paulo Garcia (PT) para discutir a transferência de famílias que vivem em áreas abrangidas pelo perímetro do projeto.
Segundo Irene, nos últimos seis meses, houve avanço, principalmente do ponto de vista da organização. Para ela, está muito claro que o projeto tem sido prioridade da atual gestão. “Nossa última visita foi há seis meses e agora podemos ter uma noção muito boa do que será o projeto. Além do avanço na organização, vimos que as pessoas e equipes estão bem motivadas.” O próximo passo, de acordo com Irene, é o início do processo de licitações. Essa foi a 3ª missão do BID na Capital.
De acordo com o coordenador do projeto, Valdi Camarcio, a visita periódica feita pela missão do BID é uma ação de praxe para todos os projetos financiados pelo Banco. Além da coordenadora, a missão é formada por outros três consultores do BID , que avaliam todo andamento do projeto, sugerem mudanças quando necessárias e se reúem com os órgãos e equipes envolvidas.
Investimento
Ao todo, serão investidos US$ 94,5 milhões na reurbanização de 114 bairros das regiões sudoeste, oeste e norte de Goiânia. As ações serão nos campos ambiental, habitacional, de lazer, drenagem e saneamento básico. Do montante, 60% serão financiados pelo BID com prazo de amortização de 25 anos e juros anuais entre 4 e 5%. A maior parte dos recursos será empregada na organização urbano-ambiental. São US$ 39,5 milhões destinados a obras de drenagem e recuperação das margens, ao reassentamento da população, além da construção de um parque linear e de unidades de conservação. O empréstimo teve orçamento aprovado pelo Senado em 18 de dezembro de 2009.
A transferência de famílias que vivem em áreas no perímetro que será ocupado pelo projeto Macambira-Anicuns foi pauta de discussão durante encontro entre o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), e técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizado ontem, no Palácio das Campinas Venerando de Freitas Borges (Paço Municipal). A coordenadora da missão do BID, Irene Altafim, pediu início imediato do processo de assentamento e indenização das famílias. O chefe do executivo municipal adiantou que o poder público já se articula nesse sentido.
De acordo com Paulo Garcia, há previsão, por exemplo, de entrega no mês de junho de 1,8 mil casas no Condomínio Jardim Cerrado 2. Além disso, outras 10 mil unidades residenciais devem ser construídas e entregues ainda este ano. Paulo ainda falou sobre projetos habitacionais de caráter social em andamento. “É muito importante que esse processo de assentamento e indenização das famílias que moram na área abrangida pelo projeto seja iniciado desde já, para que não corramos o risco, após início das obras, de que haja alguma paralisação em virtude da necessidade de assentamento dessas famílias”, explicou Irene.
Prefeitura articula remoção de famílias
O Projeto
O Macambira-Anicuns é considerado um dos mais audaciosos projetos socioambientais do País. Com termo de financiamento firmando entre o BID e a prefeitura em 2009, o projeto surgiu com uma solução para o combate às ocupações urbanas desordenadas em matas ciliares e fundos de vales, adotando-se intervenções e políticas socioambientais sustentáveis. Entre as intervenções previstas no projeto estão a execução de obras estratégicas para minimizar os problemas ambientais gerados pela ocupação desordenada do espaço urbano da cidade, beneficiando de forma direta 300 mil habitantes.
O projeto deve guinar o turismo na Capital. Isso porque Goiânia terá o maior parque linear do mundo, a ser criado ao longo dos córregos Anicuns e Macambira, com 26,5 quilômetros de extensão, 46 espaços comunitários – entre quadras poliesportivas, praças, orquidário, borboletário, aquário, lagos, auditório, centros culturais, entre outros espaços.
A região que abrange o Córrego Macambira e o Ribeirão Anicuns também terá outras três unidades de conservação com 1,15 milhão de metros quadrados, reabilitação de 13 pontes, construção de escolas em tempo integral, Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e postos de saúde. Ao longo do leito dos dois cursos de água haverá ainda a reabilitação das calhas e a recomposição das margens.
Fonte: Diário da Manhã
3 comentários
Write comentáriosgoinia ea pricesa do brasil com esse projeto sera a mais bela do mundo estou anciosa para ver abras começar
Replymoro na aria do projeto macanbira e anicus o imovel que moro e do meu sogro sera que posso ganha uma casa da prefeitura que uma casa no jardins do cerrado
Replycade o projeto estamos a seis anos que moro aqui na areia do projeto sempre ouvi falar que ta vindo cade nunca vem so fala que vindo cade ate agora nada quando e que vem .........
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