Feira no sudoeste prevê 250 milhões em negócios

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André Passos

Com cerca de 400 expositores e mais de mil marcas, a organização da 10ª Tecno Show Comigo, em Rio Verde, no sudoeste goiano, espera superar a marca de R$ 250 mi­lhões em negócios, R$ 40 milhões a mais que no ano passado. Além da parte comercial, até próximo dia 16 devem ser reali­zadas 80 palestras e minicursos, além de 250 di­nâ­micas de pecuá­ria.

Tradicional no lançamento de inovação e tecnologia, a feira pretende atrair um público de 65 mil pessoas, como o criador de gado leiteiro de Rio Verde Carlos Caetano Carvalho, de 46 anos. O produtor afirma que por causa das facilidades de negócios, financiamentos e condições especiais, deixa todas as compras para a época da Tecno Show. “Se não compro durante a feira, compro depois. Mas os negócios come­çam aqui”, dis­se. Ontem, estudava a compra de um equipamento de ordenha me­­cânica controlado por laptop.


A feira, que gera cerca de 5 mil empregos temporários, exibirá 30 plots agrícolas com cerca de 200 experimentos e distribuirá 13 mil mudas de plantas do Cerrado.


Presidente da Cooperativa A­groindustrial de Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antônio Chavaglia destaca que a Tecno Show já é referência em tecnologia e consolida-se como um dos maiores eventos do setor do País. “É referência em difusão de tecnologia, que dá con­dições para o produtor trabalhar com eficiência e atingir maior produtividade com menor custo”, ressaltou Chavaglia.


Produção de destaque
Para o presidente da Câmara de Máquinas Agrícolas da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Selso Casali, a feira tem se consolidado como uma das mais importantes no segmento do mundo, graças às dimensões da produção goia­na. “O Estado é o quarto maior produtor de grãos do País, com produtividade excepcional que gira em torno de 3,6 mil quilos por hectare, influenciada pela i­no­vação e tecnologia, que podem ser encontradas aqui”, disse.


Casali enfatizou ainda que o País, assim como Goiás, deve o­lhar com atenção as condições para investimentos no Brasil, a­nunciados pela China. Cita como exemplo investimentos de US$ 10 bilhões na Petrobras, sob a con­dição que o País adquira, somen­te dos chineses, máquinas e equi­pamentos necessários. Para ele, isso prejudicaria a produção nacional do setor.


Recentemente, a China anunciou possível acordo de coopera­ção com Goiás, que pode resultar em investimentos de US$ 7 bi­lhões em regiões no entorno da Ferrovia Norte-Sul. “Não se trata de proteger o mercado. Temos de proteger a agroindústria, que gera 40 mil empregos no País, e os produtores”, defende Casali.

Fonte: Jornal o Hoje