Aeroporto é segundo pior do país
O estudo mostra que o limite de eficiência operacional de um aeroporto é uma taxa de ocupação de 80% inferior ao limite do local. Para que a situação em Goiânia fosse considerada adequada, por exemplo, seria necessário que o registro de passageiros no local não ultrapasse os 480 mil anuais. Apenas três aeroportos, o Galeão (RJ), o de Salvador (BA) e o de Recife (PE), mantiveram o percentual de eficiência naquele biênio, com 67,94%, 71,81% e 74,16%, respectivamente.
Para resolver a situação, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) anunciou no início desta semana que a obra de construção do novo terminal do Santa Genoveva deve ser retomada em breve. O presidente do órgão, Gustavo Matos do Vale, afirmou que a previsão é a de que, já na próxima segunda-feira, a construção do Módulo Operacional Provisório (MOP) – uma ampliação que serve de medida paliativa até a construção do novo terminal de embarque – será retomada.
A obra do MOP, que já foi adiada cinco vezes, deve ampliar a capacidade do local para 1 milhão de usuários anuais. O orçamento da ampliação será de R$ 2,4 milhões e tem previsão de entrega em 160 dias. A reportagem entrou em contato com a Infraero para confirmar o início da obra, mas, até o final da manhã, o órgão não havia encaminhado resposta.
A nota técnica do Ipea faz breve relato da situação de Goiânia, desde 2006, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou auditoria na obra. Na ocasião, encontrou projeto básico deficiente, sobrepreço de mais de R$ 73,5 milhões e inexistência de projetos de engenharia atualizados. A nota informa que a paralisação das reformas foi por iniciativa do consórcio responsável, depois de retenções cautelares aplicadas pela Infraero.
ACORDO
A análise do Ipea mostra que foram feitas tentativas de pactuação contratual com base em preços apresentados pelo TCU, mas o consórcio não entrou em acordo e acionou a Infraero judicialmente. Em 2010, o contrato foi suspenso. Segundo informações do TCU, os recursos previstos não foram transferidos aos empreendimentos, uma vez que não existiam contratos em execução, inexistindo pagamentos ou execução física em 2009 e 2010.
Atualmente, segundo informa o documento do IPEA, o processo de rescisão judicial está na fase de realização de perícia, que definirá o que é ou não devido ao consórcio executor das obras. “Mesmo com a perícia técnica pronta, as partes ainda podem divergir quanto aos valores, e o processo pode levar ainda mais tempo para ser concluído. A longa paralisação de algumas obras poderá requerer demolições.”
Fonte: Jornal o Hoje
2 comentários
Write comentáriosE vamos continuar preteridos, pois a prioridade é somente das sedes da Copa, e mesmo assim as sedes não terão seus Aeroportos prontos. Enquanto a China constroi mega-aeroportos em 2 anos, o Brasil constroi um puxadinho em 6 anos. Por que será?
ReplyPrioridade é COPA??? Vamos longe não, por que obras em hospitais públicos e entre outros estão
Replyparadas segundo dizem, por falta de verba e obras
como o HANGAR DO GOVERNO contínua a crescer. PRIMEIRA obra que vejo nesse estado a não parar e o pessoal trabalhar firme nisso...